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Governo critica suspensão de acordo de Mariana: 'Valores insuficientes'

Bento Rodrigues, distrito de Mariana (MG), após o rompimento da Barragem do Fundão Imagem: Antonio Cruz/ Agência Brasil

Do UOL, em São Paulo

06/12/2023 17h25Atualizada em 06/12/2023 19h25

A AGU (Advocacia-Geral da União) divulgou hoje uma nota conjunta, assinada também pelos governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, em que critica a suspensão do acordo sobre reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG).

O que aconteceu

O comunicado diz que as empresas envolvidas na tragédia - Vale, BHP e Samarco - se recusaram a apresentar uma nova proposta financeira, equivalente aos danos causados. As negociações foram suspensas ontem.

Os governos criticam uma suposta falta de disposição dos representantes em apresentar a proposta. "Infelizmente, as companhias não têm se mostrado dispostas a realizar reparação efetiva de uma tragédia que já completou oito anos, tirou a vida de 19 pessoas, e deixou profundos danos socioambientais e econômicos para além da região diretamente atingida".

A nota conjunta ainda fala em "valores insuficientes". "Vale, BHP e Samarco apresentaram valores insuficientes para a devida reparação do Rio Doce. Do mesmo modo, diante da não aceitação da oferta pelas demais partes envolvidas nas tratativas, se recusaram a apresentar novas propostas".

O texto é assinado por diferentes representantes. Subscrevem o comunicado o governo federal, governos de Minas Gerais e do Espírito Santos, Defensoria Pública da União e de cada um dos estados, Ministério Público Federal e os órgãos estaduais correspondentes.

Por meio de nota, a Vale, acionista da Samarco, disse que "continua comprometida com a repactuação e tem como prioridade as pessoas atingidas".

A empresa diz que as negociações seguem em andamento, apesar da "pausa de final de ano". "A companhia confia que as partes chegarão a bons termos quanto ao texto que vem sendo conjuntamente construído antes de definir o valor global do acordo".

Já a Samarco disse que "permanece aberta ao diálogo". "A fim de avançar em uma solução definitiva e consensual, baseada em critérios técnicos, ambientais e sociais. A empresa reafirma seu compromisso com a reparação integral dos impactos do rompimento da barragem de Fundão e com as ações em andamento".

O UOL não conseguiu contato com a BHP sobre a suspensão do acordo.

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