'Alívio', diz dona de doceria após prisão de suspeita por mortes em GO
Do UOL, em São Paulo, e colaboração para o UOL
21/12/2023 10h28Atualizada em 21/12/2023 23h14
Mariana Perdomo, proprietária da Perdomo Doces, em Goiânia (GO), afirma estar aliviada após prisão de suspeita de matar duas pessoas por envenenamento.
O aconteceu
A empresária afirmou que "o alívio chegou aos corações" por meio de "abraços, sorrisos e olhares sinceros" de amigos e clientes. "Agradeço profundamente pela confiança depositada, e pelo compromisso inabalável com a verdade. A cada abraço, sorriso e olhar sincero, as respostas às orações se materializam. A responsabilidade é honrar cada gesto de apoio com excelência e transparência", escreveu ela no post.
Mariana divulgou vídeo orando com funcionários, abraçando clientes e amigos. Ela agradeceu pela confiança que depositaram nela e na empresa, mesmo após o desgaste sofrido com a notícia das mortes. Clientes e amigos subiram nas redes a hashtag #JuntosComAPerdomo e realizaram um drive thru em frente à doceria em solidariedade à empresária.
A proprietária também agradeceu a celeridade das autoridades na investigação do caso. A mulher citou que o episódio também provocou "danos reputacionais à marca, em função da indevida associação da empresa à contaminação de produtos consumidos pelas vítimas". Lamentando às mortes, a empresária comentou que a Perdomo Doces "poderá superar os desgastes vivenciados nos últimos dias".
As mortes de Leonardo Pereira Alves, 58, e da mãe dele, Luzia Alves, 86, ocorreram após ambos terem supostamente comido um bolo de pote no domingo (17), da Perdomo Doces, no café da manhã. A filha de Leonardo, a médica Maria Paula Alves, divulgou o caso nas redes sociais, o que acabou por levantar suspeitas contra a doceria.
O bolo foi entregue a eles pela ex-nora de Leonardo, Amanda Partata Mortoza, segundo a polícia. Em boletim de ocorrência, a esposa da vítima informou que o marido, a mãe e também Amanda passaram mal após a ingestão do doce.
A polícia afirma que não há qualquer relação da doceria no caso. De acordo com o delegado Carlos Alfama, é possível até que os venenos não estivessem nos bolos e sim em sucos.
"Em meio a tantos questionamentos e boatos maldosos, corações bondosos e justos permaneceram ao nosso lado, em busca pela verdade. É minha responsabilidade honrar a sua confiança e, mais uma vez, reafirmo o meu firme compromisso com a excelência e, principalmente, com a transparência com cada um de vocês. Juntos nós provamos que a verdade sempre irá prevalecer".
Mariana Perdomo, empresária
A prisão da advogada
Amanda foi presa na noite de ontem (20) em Goiânia, suspeita de ter envenenado mãe e filho. Ela nega as acusações. O UOL não localizou a defesa de Amanda e o espaço segue aberto para manifestação
A investigação da Polícia Civil descartou a possibilidade do homicídio ter relação com a produção de doces da Perdomo. O inquérito policial tem mais de 150 páginas de uma investigação minuciosa, segundo o órgão.
Amanda Partata Mortoza é advogada, com registro ativo na OAB-GO (Ordem dos advogados do Brasil) em Goiás. Porém, em um perfil no Instagram, ela se intitula psicóloga e terapeuta cognitiva comportamental. A Polícia Civil afirmou, porém, que ela não possui registros no Conselho Regional de Psicologia de Goiás e e nem em outros estados. A informação foi confirmada ao UOL pelo Conselho Regional de Psicologia de Goiás - 9ª Região (CRP09).