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OPINIÃO

Josias: Prisão de Zinho é parte da encenação do combate ao crime no RJ

Colaboração para o UOL, em São Paulo

26/12/2023 13h42

A prisão de Zinho, miliciano mais procurado do Rio de Janeiro e que se entregou à Polícia Federal no último domingo (24), compõe uma parte da coreografia do combate ao crime organizado no estado, afirmou o colunista Josias de Souza durante o UOL News desta terça (26).

Ele se entregou à PF em um gesto que dá a dimensão do tamanho do problema. Ele fez isso por saber que as Polícias Civil e Militar do Rio estão contaminadas pelo crime organizado. Entregando-se a uma delas, ele estaria sujeito a dar de cara com um rival que o mataria. O irmão dele e comparsas foram mortos assim.

O que serve de alento é que as manifestações de Ricardo Cappelli [secretário-executivo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública] são muito ajuizadas. Ele diz ter noção de que isso não é solução para o problema e que o Zinho se rendeu porque houve uma certa asfixia financeira e ele se sentiu encurralado. Mas ele [Cappelli] tem a dimensão de que isso é apenas parte da encenação que envolve o combate ao crime no Rio. Josias de Souza, colunista do UOL

Para Josias, a prisão de Zinho não significa que o Rio de Janeiro assistirá a uma redução na criminalidade, já que logo outra pessoas deve assumir o posto como líder miliciano. O colunista ainda destacou como a condução deste caso fortalece o nome de Cappelli para ser efetivado como substituto de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça.

A prisão do chefe de um grupo criminoso deve sempre ser celebrada, mas seria uma ilusão imaginar que o crime será menor no Rio de Janeiro. Daqui a pouco, haverá outro 'Zinho' no lugar deste que está em cana. Josias de Souza, colunista do UOL

Sakamoto: Cappelli faz mais sentido que Lewandowski na vaga de Dino

Ricardo Cappelli desponta como uma escolha mais adequada do que Ricardo Lewandowski na disputa pela sucessão de Flávio Dino à frente do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, segundo avaliação de Leonardo Sakamoto. O colunista ainda comentou sobre a relevância dos possíveis desdobramentos da prisão de Zinho.

É muito mais fácil gerenciar a parte da Justiça do ministério do que da Segurança Pública. Lula acertaria com um nome forte [para a Segurança]. Não precisa nem dividir, mas que tenha alguém com mais cara de Segurança Pública e consiga segurar o touro à unha.

É muito mais a cara do Cappelli ser mantido no posto, e já mostrou que traz resultado, do que o Ricardo Lewandowski. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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