Zinho espera audiência de custódia em cela de 6m² e sem banho de sol
Preso ao se entregar para a Polícia Federal no domingo, o líder da maior milícia do Rio está isolado em uma cela de 6 m² e sem direito a banho de sol enquanto aguarda para a audiência de custódia, que ocorrerá hoje à tarde.
O que aconteceu
Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, está em uma área reservada para milicianos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. Ele está isolado em uma unidade de segurança máxima.
O depoimento em audiência de custódia está previsto para ocorrer às 14h de hoje. O ato processual é um direito de todo preso para que um juiz avalie eventuais ilegalidades na prisão.
Zinho estava foragido desde 2018. Ele tem ao menos 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça por crimes como homicídio, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O UOL recebeu a informação de que a prisão foi formalizada após "tratativas entre os defensores do miliciano foragido com a PF e a Secretaria de Segurança Pública do estado". A defesa de Zinho não foi localizada.
O que disseram as autoridades
Flávio Dino, ministro da Justiça, disse ao UOL que a prisão de Zinho está ligada à GLO (Garantia da Lei e da Ordem) nos portos e aeroportos do estado. "Também [tem relação] ao desmonte de parte do esquema de tráfico de armas via Paraguai", afirmou.
O secretário-executivo do Ministério da Justiça comentou prisão na noite do domingo (24). "Parabéns à Polícia Federal! É trabalho, trabalho e trabalho", escreveu Ricardo Cappelli no X (antigo Twitter).
O governador do Rio de Janeiro disse que a prisão é "vitória da sociedade". "Essa é mais que uma vitória das polícias e do plano de segurança, mas da sociedade. A desarticulação desses grupos criminosos com prisões, apreensões e bloqueio financeiro e a detenção desse mafioso provam que estamos no caminho certo", disse Cláudio Castro (PL).
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