Pit, Pet e Caveira: quem são sucessores de Zinho investigados pela polícia
Do UOL, em São Paulo
28/12/2023 13h55Atualizada em 28/12/2023 15h58
Após a prisão de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, investigadores do Rio de Janeiro trabalham com ao menos quatro nomes de possíveis sucessores para o homem apontado como o maior miliciano do estado.
O que aconteceu
Outros criminosos devem ganhar força dentro da milícia. A polícia e o Gaeco do Rio de Janeiro apontam que Jairo Batista Freire, Paulo Roberto Carvalho Martins, Antônio Carlos dos Santos Pinto e Peterson Luiz de Almeida são alguns dos que podem suceder Zinho.
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A prisão de Zinho também deve impulsionar a atuação de integrantes de grupos rivais. Investigadores acreditam que Gilson Ingrácio de Souza Júnior, conhecido como Juninho Varão, e Tauã de Oliveira Francisco, conhecido como Tubarão, estão entre as lideranças de grupos rivais que ganham poder. Ambos estão ligados ao grupo rival da milícia comandada por Zinho.
Perfis ligados a finanças
Homens que cuidam das finanças. Paulo Roberto Carvalho Martins, o PL ou PC, e Antonio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, são hoje os responsáveis pela parte financeira do grupo. Eles foram presos pela Polícia Civil em maio de 2019 e soltos depois. Ambos organizavam ações da milícia no Complexo do Cesarinho, em Santa Cruz.
Ganancioso e manipulador. Pit é criticado em redes sociais de pessoas ligadas ao grupo por "ganância". Ele é acusado de ter "manipulado" Zinho e o sobrinho dele, Matheus da Silva Rezende, conhecido como Teteu ou Faustão. "Destruiu tudo com a ganância", "você é o alvo agora", dizem as mensagens.
Homens de confiança de Ecko. PC e Pit atuavam em parceria com Wellington da Silva Braga, o Ecko, irmão de Zinho, que também liderava a milícia. Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, eles ocupavam posições de destaque no grupo.
Perfil de 'guerra'
Jairo Batista Freire, o Caveira, é conhecido no grupo por ter um perfil violento, de "guerra". Ele chegou a gravar vídeos ameaçando Danilo Dias Lima, o Tandera — integrante da milícia rival à de Zinho. Jairo aparece em um vídeo compartilhado nas redes sociais com dezenas de homens com armamentos de grosso calibre, comemorando um ataque no território do grupo rival.
Apesar disso, Caveira pode suceder Zinho por ser respeitado entre os integrantes da milícia. Jairo foi solto por um habeas corpus em outubro desse ano. Ele havia sido preso pela Polícia Civil em janeiro de 2022.
Solto com mandado de prisão decretado
Peterson Luiz de Almeida, o Pet, é considerado homem de segurança de Zinho. Conhecido ainda como Flamengo, Pet saiu do Presídio José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte do Rio, em 29 de outubro.
Soltura ocorreu apesar de ele ter mandado de prisão decretado pela Justiça. Em 26 de outubro, a Justiça do Rio acatou pedido do MP-RJ e transformou a prisão temporária em preventiva. A Seap, contudo, alegou que não foi informada sobre a decisão.
Pet está ligado à onda de violência que atingiu a zona oeste do Rio este ano. Preso em 30 de agosto acusado pelos crimes de milícia privada e comércio ilegal de arma de fogo, ele estava detido temporariamente em Benfica.
Rivais também ganham poder
Nos grupos rivais aos de Zinho, Juninho Varão e Tubarão estão na mira das investigações. Varão tem passagens por homicídio, tortura e organização criminosa. Ele atuava no grupo de Tandera, mas, depois, passou a organizar ações de milícia em diversos bairros.
Tubarão era do grupo de Zinho, mas depois saiu. Ele é considerado o chefe de uma milícia que atua em Seropédica e parte de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
O UOL tenta localizar a defesa dos citados, mas até o momento não obteve retorno.