Homem denuncia PM após receber ordem de parada e levar coronhada em SP
Um homem negro denuncia ter levado uma coronhada de um policial militar após receber ordem de parada de uma equipe da Polícia Militar de São Paulo.
O que aconteceu
Vítima de 35 anos alega ter obedecido a ordem de parada da PM. Mesmo assim, ele diz ter sido agredido. O caso ocorreu na madrugada do dia 8 de janeiro, na rua Olímpia Montani, no bairro Cidade Tiradentes, na zona leste da capital.
Câmeras de segurança registraram a agressão. Nas imagens, é possível ver que o motorista para o carro após a ordem da polícia. Em seguida, a viatura da PM fica ao lado do veículo abordado.
Policial sai do carro e bate no motorista. O homem, um instalador de aparelhos de telecomunicação, estava sozinho no veículo, informou o advogado Willy Fontenelle Marinato. "Meu cliente estava andando com seu veículo até que recebeu uma ordem de parada e assim ele o fez. Quando o policial parou, ele só pediu para que colocasse a mão na cabeça e logo desferiu o golpe", contou ao UOL o advogado.
O homem diz que agressão foi injusta e gratuita. Ele foi ao hospital e precisou tomar pontos abaixo do olho esquerdo. "Meu cliente ficou desorientado. Após a agressão, o policial retornou ao seu veículo e foi embora", acrescentou Fontenelle.
Denúncia foi feita também com boletim de ocorrência
Motorista registrou queixa na polícia. Ele foi ao 49º Distrito Policial (São Mateus) e realizou o boletim de ocorrência.
O UOL procurou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Em nota, o órgão informou que a Polícia Militar apura todas as circunstâncias relativas aos fatos citados por meio de Inquérito Policial Militar. O caso foi registrado como lesão corporal. "Por se tratar de um crime de ação penal pública condicionada, o homem foi orientado quanto ao prazo de seis meses para representação criminal e prosseguimento das investigações, o que ainda não foi feito", diz nota da SSP.
O incidente o deixou atordoado, sendo impactado por essa violência injustificada. Atualmente, estamos tomando todas as medidas legais necessárias para assegurar que essa agressão não fique impune.
Willy Fontenelle Marinato, advogado