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PM vira réu acusado de matar ex-companheira e filhos dela em SP

Ednei Antônio Vieira foi preso preventivamente. Imagem: Reprodução

Do UOL, São Paulo

13/06/2024 11h18Atualizada em 13/06/2024 11h18

O policial militar acusado de matar a ex-companheira e os dois filhos dela virou réu pelo crime.

O que aconteceu

Ednei Antônio Vieira, de 42 anos, responderá por três homicídios qualificados e também por furto. A denúncia do Ministério Público foi aceita pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na terça-feira (11).

Investigação apontou que o homem não aceitou o fim do relacionamento e foi à casa da ex para reatar a união. Após matar a mulher e os dois filhos dela, o réu fugiu do local levando o celular da ex-companheira.

O militar teria ido ao Corpo de Bombeiros para pegar uma arma. ''De maneira dissimulada, enganou o colega de trabalho que era responsável pelo atendimento da portaria e subtraiu uma pistola de uso restrito, utilizada na segurança interna do quartel'', diz a acusação.

Relembre o caso

Cerca de sete tiros foram disparados. O crime ocorreu em Apiaí (SP) no Jardim Araucária no dia 16 de maio. As três vítimas morreram no local.

O suspeito teria fugido após o crime. Ele ainda levou a arma usada para matar a ex-companheira e os filhos da mulher, segundo a polícia. O caso foi registrado como peculato, homicídio e feminicídio na delegacia do município.

A escola onde Josilene era professora lamentou a morte. ''Sua partida de forma precoce e brutal dilacerou o nosso coração, sentiremos muito a sua falta'', escreveu a direção da Escola Municipal Professora Elisa dos Santos.

''Uma excelente amiga, uma excelente profissional, uma excelente mãe'', lamentou um amigo. ''Entramos todos em luto quando perdemos uma professora que tem muito carinho pelos nossos filhos'', disse o pai de uma das alunas de Josilene.

A Prefeitura de Apiaí decretou luto oficial de três dias pela morte das vítimas. "Uma perda que abala o coração da comunidade", diz texto publicado pela gestão municipal. Nota diz que a professora era conhecida por sua paixão pela musicalização infantil, tocando a vida de muitos alunos com sua alegria e seu talento. "A notícia de sua morte e a de seus filhos, Gabriel e Arthur, na última quinta-feira (16) de maio, trouxe uma onda de tristeza e solidariedade por todo o município".

Faculdade onde o filho mais velho estudava também publicou uma nota de pesar. "Com profundo pesar e consternação, a Faculdade Fait vem a público expressar as mais sinceras condolências pelo falecimento de Gabriel Miranda, distinto aluno do curso de Direito", diz o texto publicado pela instituição.

O que diz a defesa

Advogada Mariane Bacchin afirmou que Ednei fugiu porque ficou com medo. Triplo homicídio foi cometido na quinta-feira (16). "Pelo que entendemos, ele ficou assustado com as reportagens que ele viu com foto dele estampada minutos depois nas redes sociais", disse Bacchin.

Homem também teve medo de represália contra sua família, diz defesa. "Preocupado com represália contra sua família. Mas ele sempre quis se apresentar, colaborar com as investigações, acredito que fugiu de imediato por instinto do ser humano", acrescentou a advogada.

Ednei Antônio Vieira foi preso preventivamente. O PM - que trabalha no Corpo de Bombeiros-, se entregou à polícia na madrugada desta terça-feira (21), em Itapeva (SP). Ele foi levado ao Presídio Militar Romão Gomes. "Ele nega os crimes. Foi preso devido ao mandado de prisão expedido no dia dos fatos. Mas ele se entregou de maneira espontânea, previamente agendado com a Polícia Civil, e especialmente a Policial Militar, que foi exemplar em garantir a escolta e apresentação dele", disse a advogada.

O PM confirmou aos advogados que tinha um relacionamento com a vítima. Mas não deu mais detalhes. "Ele estava muito abalado. Quando o apresentamos, estava bastante abatido e até desnorteado. Preocupado porque tinha se inscrito para ajudar as vítimas da tragédia do Rio Grande do Sul", destacou a advogada.

O UOL tenta contato novamente para comentar sobre ele ter se tornado réu. Ainda não houve retorno, mas o espaço segue aberto para manifestação.

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