Idoso vai fazer cirurgia de hemorroida e médicos retiram a vesícula em SP
Colaboração para o UOL, em São Paulo
14/06/2024 09h30Atualizada em 14/06/2024 09h30
Um idoso de 72 anos foi internado para realizar uma cirurgia de hemorroida, mas a equipe médica se equivocou e operou sua vesícula.
O que aconteceu
Paciente foi hospitalizado para realizar o procedimento na terça-feira (11), na Santa Casa de Birigui (SP). O erro só foi percebido horas depois, quando ele já estava fora do centro cirúrgico, segundo informações do boletim de ocorrência registrado pela família na Polícia Civil da cidade.
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Homem percebeu que havia algo errado após acordar da anestesia. O paciente reclamou de dores na região abdominal e notou que havia um curativo em sua barriga, na região em que está localizada a vesícula. Ele questionou o porquê do curativo na barriga e foi nesse momento em que o erro médico foi percebido.
Santa Casa de Birigui admitiu erro e disse ter aberto sindicância para apurar o ocorrido. Foi constatado que os médicos realizaram colecistectomia, procedimento para a retirada da vesícula por meio de incisão no abdômen, em vez do procedimento correto para a retirada de hemorroidas, na região anal.
Considerando que a direção do hospital preza pelo cumprimento da lei e da ordem, vinculada aos princípios constitucionais pátrios, a Santa Casa informa que iniciou o procedimento de sindicância para apurar os fatos e tomará as medidas administrativas e legais cabíveis
Santa Casa de Birigui por meio de nota.
Idoso recebeu alta hospitalar nesta quinta-feira (13). A Santa Casa de Birigui se colocou à disposição para a realização da cirurgia correta de hemorroidas, mas não foi informado quando ocorrerá.
A vesícula fica localizada na parte inferior ao lobo direito do fígado e é responsável por armazenar a bile, que atua na digestão de gorduras no intestino. Sua retirada não implica em risco de vida ao paciente, mas requer mudança nos hábitos alimentares para evitar possíveis desconfortos.
O caso é investigado pela Polícia Civil de São Paulo. O UOL entrou em contato com o Cremesp (Conselho Regional de Medicina do estado) para pedir posicionamento, mas não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação.