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Moraes rejeita pedidos de Braga Neto e general Fernandes e mantêm prisões

General Walter Braga Netto Imagem: Sergio Lima - 16.fev.18/AFP

Do UOL, em Brasília

26/12/2024 14h43Atualizada em 26/12/2024 15h28

O ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), manteve as prisões dos generais Walter Braga Netto e Mário Fernandes, que foram presos no âmbito das investigações sobre tentativa de golpe de Estado.

O que aconteceu

Ministro rejeitou pedidos das defesas e manteve generais detidos. Para Moraes, o quadro que motivou a prisão de ambos se mantém. Decisão sobre Braga Netto foi no dia 24 de dezembro e está sob sigilo. Decisão sobre Mário Fernandes é desta quinta-feira (26).

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Ao analisar pedido da defesa de Mário Fernandes, ministro considerou que defesa não trouxe elementos para afastar a necessidade da prisão. Ministro levou em conta ainda manifestação da Procuradoria-Geral da República de que general da reserva ainda mantém ascendência sobre demais investigados devido ao seu cargo.

Defesa de Braga Netto classifica decisão como "previsível". Em nota, advogado José Luis Oliveira Lima afirmou que não há provas para justificar a prisão mas disse que a decisão era esperada.

A decisão do ministro de manter a custódia do General era previsível, apesar de a defesa entender que não há absolutamente nenhuma prova que justifique a sua prisão. Vamos aguardar o julgamento do agravo pela Turma.
José Luis Oliveira Lima, advogado de Braga Netto

O general da reserva Mario Fernandes, que foi secretário-executivo do ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência) no governo de Jair Bolsonaro (PL), em foto de 2022 Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Generais presos

Braga Netto foi preso por tentativa de atrapalhar as investigações sobre uma trama golpista para manter Bolsonaro no poder. Ele foi o primeiro general de quatro estrelas preso preventivamente pela Justiça no país. A Polícia Federal aponta, com base na delação premiada de Mauro Cid e outros elementos encontrados na investigação, que Braga Netto teria tentado obter informações sobre o acordo de delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Outro general da reserva preso foi Mário Fernandes. As investigações da PF apontam que ele seria o mais radical entre os militares bolsonaristas e que teria atuado tanto para convencer seus superiores sobre o golpe quanto na interlocução com manifestantes que ficaram acampados em frente aos quarteis generais após a eleição de 2022. Foi em um HD seu que a PF encontrou o plano Punhal Verde e Amarelo, que previa matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e até o ministro Alexandre de Moraes, do STF.

Braga Netto e Mário Fernandes já foram indiciados pela PF. Eles são suspeitos de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático de Direito e organização criminosa. Agora cabe à Procuradoria-Geral da República analisar todo o material da investigação para decidir se apresenta denúncia contra eles.

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