Inverno, cadê? Onde as temperaturas vão ficar acima da média no Brasil
Do UOL, em São Paulo
20/06/2024 13h27
O inverno deste ano, que se inicia oficialmente nesta quinta-feira (20) às 17h51 do horário de Brasília, terá temperaturas acima do normal para esta época do ano em praticamente todo o país. As informações são da Climatempo.
Como será o inverno
Grande parte do país terá temperaturas acima da média na maior parte do inverno. A estação terá menos frio do que o normal até no Sul, apesar de mais episódios de passagem de ar polar pelo país do que no ano passado
Massas de ar seco no interior do país vão dificultar o avanço do ar polar, que tende a ficar mais restrito à região Sul.
A temperatura vai ficar acima da média nos três meses do inverno nas capitais São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Mas ondas de frio deverão ocorrer. Massas de ar frio, algumas bem amplas, devem ser mais frequentes entre agosto e setembro.
As quedas mais bruscas de temperatura no Sudeste devem ocorrer no fim do inverno, em agosto e em setembro, quando a frequência de passagem de massas de ar frio será maior.
Há maior potencial de geada nos estados da região Sul, principalmente entre a segunda quinzena de julho e início de setembro. Além disso, há possibilidade de geada no sul do Mato Grosso do Sul e em áreas de São Paulo.
Ondas de calor são esperadas no fim da estação, em agosto e setembro, meses que tendem a ter temperaturas acima a muito acima da média
O La Niña deve se desenvolver em meados de julho e de agosto. O fenômeno é caracterizado pelo resfriamento acima do normal de águas do oceano Pacífico Equatorial, mas seus efeitos serão mais notados na primavera e no verão de 2024.
Inverno também terá chuva abaixo da média
O inverno de 2024 também terá predomínio de tempo seco na maior parte do país. O Rio Grande do Sul, no entanto, ainda poderá ter eventos de chuva forte.
No sul da Bahia, o pico do período chuvoso ocorre em junho, mas julho ainda tem volumes altos de chuva nas capitais do leste nordestino.
Na região Amazônica, as chuvas já estão reduzidas, após um "inverno" de chuvas muito irregulares e temperaturas acima da média. A tendência é de vazante acelerada nos rios da região até a primeira quinzena de outubro, e as cotas poderão ser tão baixas quanto em 2023.
O período de queimadas deste ano tende a ter mais focos e maior área, em comparação com 2023. Devido à irregularidade das chuvas durante o verão, além das altas temperaturas e do calor que se prolongou até o outono, o solo perde umidade mais rapidamente em grande parte do interior do Brasil, o que já favorece mais focos do que o normal