Vídeo: Advogada é presa suspeita de injúria racial no aeroporto de Confins
Do UOL, em São Paulo
24/06/2024 12h09Atualizada em 25/06/2024 08h04
Uma mulher foi presa no aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte, por suspeita de injúria racial e lesão corporal contra um gerente operacional da companhia aérea Azul.
O que aconteceu
A advogada Luana Otoni de Paula, de 39 anos, teria chamado o funcionário da empresa de 'macaco, vagabundo, cretino e bosta'. Ela era passageira de um voo que seguia para Natal (RN), às 13h30 de domingo (23), mas foi impedida de seguir viagem.
Mulher estava com sintomas de embriaguez, diz polícia. Segundo boletim de ocorrência, ela foi abordada pelo gerente operacional da empresa, após cair enquanto entrava no avião. Ele ofereceu atendimento médico e a convidou a se retirar, informando que ela seria realocada em outro voo.
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Advogada chamou piloto de 'comandantezinho' após ser retirada da aeronave. Ainda conforme registro da polícia, Luana questionou se estavam felizes de "desembarcar uma patricinha do avião" e deu tapas, chutes e socos no funcionário. "Você precisa desse empreguinho. Você é pobre, um ferrado", teria dito.
Imagens mostram que mulher deu tapas e chutes em funcionário. Câmeras do circuito interno do aeroporto mostram Luana atacando o homem, que tenta desviar. Depois, outro funcionário tenta separar, mas ela segue agredindo e depois sai carregando seus pertences. O áudio da confusão, porém, não foi captado.
A Azul disse que a "cliente indisciplinada" foi orientada a desembarcar por "comportamento inadequado". "No momento do desembarque, a cliente agrediu física e verbalmente um tripulante da Azul. A autoridade de segurança foi chamada para acompanhar o desembarque e, em seguida, os conduziu para delegacia para registrar depoimento e conduzir a apuração do caso", explicou a companhia aérea em nota.
"A Azul ressalta que repudia veemente qualquer tipo de ofensa ou agressão aos Clientes e seus Tripulantes, sendo certo que serão adotadas as medidas cabíveis", finaliza o comunicado.
Agentes da Polícia Federal foram chamados e deram voz de prisão. Segundo o boletim de ocorrência, no momento da prisão, Luana estava em um restaurante e exigiu que eles a esperassem pedir uma refeição. A mulher e as testemunhas foram, então, levadas para um posto da PM, onde a ocorrência foi registrada. O UOL buscou a Polícia Federal, mas não obteve retorno até o momento.
Aos policiais, Luana disse que obedeceu ordem para evitar constrangimentos. Segundo versão da mulher, ela foi abordada "de repente" e não obteve resposta quando questionou o funcionário sobre o motivo de saída do voo.
Após a prisão, ela foi destituída do cargo de presidente da Comissão de Direito de Moda na OAB de Minas Gerais. A portaria foi publicada na segunda-feira (24) e assinada pelo presidente da instituição, Sérgio Leonardo.
Mulher deu entrada no presídio nesta segunda-feira (24). A Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) informou que ela foi encaminhada ao Presídio de Vespasiano, na região metropolitana de BH. A audiência de custódia, que decidirá se ela segue presa ou não, foi marcada para a tarde de hoje.
O UOL tenta localizar a defesa da advogada. O espaço fica aberto para manifestações.