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Por que STF citou planta fêmea, e não macho, ao descriminalizar a maconha?

Colaboração para o UOL*

28/06/2024 04h00

O STF (Supremo Tribunal Federal) concluiu ontem (26) o julgamento sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Agora, foi definido que a quantidade de 40 gramas de maconha ou 6 plantas fêmeas é o máximo permitido para que uma pessoa seja considerada usuário de drogas e não traficante.

Fêmea x macho

A diferenciação entre macho e fêmea é fundamental no debate sobre a planta da maconha. Isso porque as fêmeas produzem as flores com alta concentração de THC (tetrahidrocanabinol).

O THC é a molécula psicoativa presente na maconha — ou seja, o que causa o "barato" associado ao fumo. Além do uso recreativo, o THC também pode ser usado para controle de náusea e vômito em pacientes em quimioterapia e para estimular o apetite de pacientes com HIV.

A flor da maconha fêmea ainda tem o CBD (canabidiol), substância utilizada de forma terapêutica em pacientes com epilepsia, doença de Parkinson, dores crônicas e ansiedade.

Já as plantas macho são as que produzem pólen, essencial para a reprodução. A partir da fertilização da flor feminina pelo pólen produzido pela planta masculina é originada a semente, que produz novos indivíduos.

Como diferenciar?

Algumas características servem para diferenciar plantas macho de plantas fêmea. Os machos geralmente têm caule mais grosso que as fêmeas, além de produzir menos folhas. Outra característica dos machos é a presença de bolinhas na junção do caule. Nas plantas femininas, essas bolinhas têm pelos longos e transparentes.

Há também casos de exemplares de maconha que são hermafroditas, ou seja, que têm macho e fêmea na mesma planta. Na maior parte, porém, há a separação dos dois tipos em plantas diferentes.

*Com reportagem publicada em 04/08/2023

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