Jovens são agredidos por guardas municipais na BA; comandante é exonerado
Dois jovens foram agredidos por guardas municipais de São Gonçalo dos Campos (BA) durante festas promovidas pela própria prefeitura nesta semana. A sequência de violência levou à exoneração do comandante-geral do órgão na quinta-feira (4).
O que aconteceu
No primeiro vídeo, gravado na segunda-feira (1), um jovem aparece sendo perseguido e agredido por um guarda municipal com um cassetete. Ele cai no chão com a pancada e é socorrido por pessoas que estavam na festa.
A vítima é um adolescente de 17 anos, que teve que ser internado após a agressão, segundo a TV Bahia, afiliada da Globo no estado. A família informou que ele foi submetido a uma cirurgia e o quadro de saúde é estável.
Outra gravação, feita na terça-feira (2), mostra outra agressão cometida por guardas civis da cidade, também em uma festa pública. Há diversos agentes ao redor da vítima, e é possível ver pelo menos dois guardas agredindo o jovem.
O vídeo ainda flagra o momento em que um dos agentes toma o celular da mão de uma mulher que gravava a agressão.
Exoneração de comandante
O comandante Márcio de Oliveira Machado foi exonerado do cargo após as agressões. Ele foi afastado por 60 dias das atividades como guarda municipal, mas seguirá sendo remunerado.
Um processo administrativo foi instaurado contra o guarda Ivanildo Ferreira da Silva pela agressão de segunda-feira. Ele também foi afastado por 60 dias, período em que seguirá sendo remunerado.
Outra apuração interna foi instalada sobre a agressão de terça-feira. Nesse processo, serão investigados: o, agora, ex-comandante; Luiz Cláudio Pedreira do Nascimento; Gustavo Costa Ferreira; Antônio Bonfim de Jesus Neri; José Roque Soares Filho; e Jorge Nei Araújo. Gustavo foi afastado por 60 dias, com recebimento de salário.
O prefeito Tarcisio Pedreira (União Brasil) repudiou as agressões. "As imagens de espancamento falam por si. A função da Guarda é garantir a preservação do patrimônio público, bem como zelar pela segurança dos cidadãos. Nenhum guarda é pago para espancar ninguém", disse.
O UOL não conseguiu localizar a defesa dos guardas municipais. O espaço segue aberto para manifestação.