Motorista que atirou em carro durante briga de trânsito é solto em SP
Do UOL, em São Paulo
12/07/2024 13h49Atualizada em 12/07/2024 13h49
A Justiça de São Paulo atendeu a um pedido feito pela defesa e mandou soltar o empresário Adriano Domingues da Costa, que havia sido preso por atirar em um carro blindado durante uma briga de trânsito em Boituva (SP).
O que aconteceu
Motorista vai responder em liberdade, mas investigação continua. Em nota ao UOL, a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) reforçou que o inquérito policial segue em andamento para "elucidar todas as circunstâncias do crime". O caso está sob a responsabilidade da DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Itapetininga, também no interior do estado.
Arma usada por Adriano estava com a numeração raspada. Segundo informações da TV TEM, afiliada da TV Globo na região, os investigadores ainda precisam descobrir a origem dela. O empresário deve responder por dupla tentativa de homicídio e porte ilegal de arma.
Empresário estava preso há quase um mês, desde 19 de junho. Adriano foi abordado pela Polícia Militar em Alumínio, a cerca de 90 km de Itapetininga, quando estava a caminho da delegacia.
UOL ainda tenta contato com a defesa para pedir um posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação. À reportagem, o advogado que representava Adriano no início do processo disse que a sentença é "irretocável" e "extremamente esperada". "Ele se apresentou, a arma foi entregue, as testemunhas foram ouvidas e já não há mais a razão [para a prisão]", avaliou Luiz Carlos Tucho de Souza.
Relembre o caso
Briga começou após uma colisão na Rodovia Castello Branco. A batida aconteceu na altura do km 110, no momento em que Adriano ultrapassou outro veículo onde estava o casal Gabrielle Gimenez e William Isidoro. O empresário dirigia uma caminhonete.
Imagens mostram o casal discutindo com o autor dos disparos. No vídeo, Adriano aparece gritando com o casal e segurando uma arma, e logo retorna ao carro. Em dado momento, ele faz três disparos: um na direção de Gabrielle e dois no pneu do veículo em que ela estava.
No momento dos tiros, vítima estava em contato com a PM. É possível ouvir, pela chamada telefônica, que o policial pede ao casal que não abaixe o vidro.