Mulher é agredida e vítima de homofobia em ônibus no Rio de Janeiro
Colaboração para o UOL, em Brasília
13/07/2024 16h33Atualizada em 13/07/2024 16h33
Uma mulher foi agredida e alvo de xingamentos homofóbicos por homem em um ônibus no bairro de Santa Cruz, zona Oeste do Rio de Janeiro, na manhã de sexta (12). A Polícia Civil investiga o caso.
O que aconteceu
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O caso aconteceu por volta das 10h30 no ônibus da linha 388 (Cesarão - Candelária). A vítima, Maria Luiza Alves, afirma que estava indo para o trabalho e o homem, ainda não identificado, começou a xingá-la sem motivo na estação do BRT. Ela o ignorou e entrou no ônibus.
Em uma publicação em seu perfil no Instagram, Maria Luiza afirma que antes da agressão, o homem a ofendeu com xingamentos racistas e xenofóbicos. "Ele entrou me xingando de sapatão, de macaca, de paraíba, aleatoriamente e, como fiz antes, não respondi, fiquei quieta e comecei a gravar", escreveu.
Nas imagens é possível ver que o agressor dá um soco na vítima e corre. Segundo Maria Luiza, ela pediu ao motorista do ônibus que parasse em frente a uma cabine da Polícia Militar para conseguir ajuda, mas não foi atendida. A vítima relata ainda que o coletivo parou a 20 metros do posto policial e nesse momento foi agredida mais uma vez e colocada para fora pelo homem.
Em um desabafo nas redes sociais, Maria Luiza afirmou que não teve ajuda de nenhum passageiro. "O que mais me dói é que NINGUÉM se mete, NINGUÉM tenta me defender, NINGUÉM me ajuda, parece que NINGUÉM liga", disse.
Após as agressões, a jovem foi atendida no Hospital Municipal Pedro II e registrou boletim de ocorrência na 36ª Delegacia de Polícia, em Santa Cruz. Segundo a corporação, a vítima foi ouvida e os agentes solicitaram imagens de câmeras de segurança do ônibus. Os policiais também tentam identificar o autor do crime.
Em nota, o Rio Ônibus, sindicato que reúne as empresas de transporte público da capital carioca, disse que "lamenta profundamente o ocorrido". A entidade afirma que a apuração do caso cabe às autoridades da área de segurança pública e que está "à disposição para colaborar com as investigações".