Operação mira quadrilha suspeita de hackear sistema do Banco do Brasil
Do UOL, em São Paulo
13/07/2024 09h58Atualizada em 13/07/2024 15h35
Um operação realizada neste sábado (13) pela Polícia Civil do Rio tem como alvo uma associação criminosa suspeita de invadir o sistema interno do Banco do Brasil.
Segundo as investigações, o esquema funcionava com a ajuda de funcionários e terceirizados das agências.
O que aconteceu
Policiais cumprem 11 mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. A quadrilha é formada por diversas "células" e vem praticando sistematicamente "dezenas de crimes" em todo o país, causando prejuízo estimado em R$ 40 milhões ao BB, segundo as investigações. A ação de hoje integra a segunda fase da Operação Firewall e é realizada por agentes da DRF (Delegacia de Roubos e Furtos).
Investigação começou após a prisão de um terceirizado do BB. Sempre de acordo com as investigações, o funcionário é suspeito de ter instalado um dispositivo eletrônico na rede do banco para viabilizar o hackeamento. Depois da invasão, os criminosos realizavam operações para trocar a biometria e os documentos de clientes, por exemplo, e aplicavam técnicas de engenharia social para fazer saques e transferências de valores.
Líderes eram responsáveis pelo aliciamento e pagamento de funcionários. Essas pessoas contribuíam para o crime, seja instalando dispositivos na rede do banco, seja "vendendo" credenciais de acesso ao sistema. Os criminosos chegaram a pagar R$ 100 mil por uma credencial do BB, ainda de acordo com a polícia.
Na 1ª fase da operação, deflagrada na segunda (8), três foram presos. A identidade dos suspeitos não foi divulgada. Os presos foram indiciados por invasão de dispositivo informático e associação criminosa.
Banco do Brasil diz que "investigações iniciaram a partir de apuração interna". "O BB possui processos estabelecidos para monitoramento e apuração de fraudes contra a instituição, adotou todas as providências no seu âmbito de atuação e colabora com as investigações do caso", disse em nota.
Polícia diz que BB colabora com investigação. Segundo a polícia, a empresa "vem realizando diversas ações para bloquear a ação dos criminosos" e tem colaborado com as investigações.
As investigações também demonstraram que funcionários e terceirizados aliciados pela associação criminosa, mediante pagamento, contribuem para o crime, seja instalando dispositivos espúrios na rede do banco, seja 'vendendo' credenciais de acesso ao sistema. Os criminosos chegam a pagar R$ 100 mil por uma credencial.
Delegacia de Roubos e Furtos, em nota