15 das 50 cidades com maiores taxas de roubos de celulares ficam em SP
O estado São Paulo teve 158.150 furtos e 137.891 roubos de celulares em 2023. Os dados foram divulgados pelo 18º Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública na quinta-feira (17).
O que aconteceu
A lista das 50 cidades com maiores taxas de furto e roubo tem 15 cidades paulistas. No estado, a maioria das subtrações aconteceu em vias públicas, 71,4% dos casos. Apesar do número expressivo, houve uma queda de 12,2% nos roubos e furtos no estado em comparação com 2022.
Relacionadas
A capital paulista, que lidera o ranking no estado, teve uma taxa de 1.781,6 celulares roubados ou furtados para cada 100 mil habitantes. Outras cidades da região metropolitana de São Paulo também integram as que mais celulares são subtraídos, como Itapecerica da Serra (13ª posição), Diadema (14ª), Poá (18ª), Ferraz de Vasconcelos (25ª), Santo André (27ª), Itaquaquecetuba (32ª), Osasco (40ª), São Bernardo do Campo (43ª), Taboão da Serra (45ª), e Suzano (50ª).
Outros municípios paulistas destacados no ranking são: Guarujá (19ª), Itanhaém (34ª), São Vicente (39ª) e Praia Grande (41ª), todos no litoral paulista.
A cidade de São Paulo é a terceira capital com maior índice de subtrações do país. A capital paulista fica atrás, apenas, de Manaus (AM) e Teresina (PI). Veja as dez cidades por taxa de celulares subtraídos a cada 100 mil habitantes:
- 1 Manaus (AM): 2.096,3
- 2 Teresina (PI): 1.866,0
- 3 São Paulo (SP): 1.781,6
- 4 Salvador (BA): 1.716,6
- 5 Lauro de Freitas (BA): 1.695,8
- 6 Belém (PA): 1.643,0
- 7 Macapá (AP): 1.425,7
- 8 Olinda (PE):1.423,8
- 9 Ananindeua (PA): 1.400,6
- 10 Recife (PE): 1.292,7
Um celular foi roubado ou furtado a cada 33 segundos no Brasil em 2023
Brasil teve 107 aparelhos roubados ou furtados por hora no ano passado. O número representa um total de 937.294 celulares que foram parar nas mãos de criminosos em 2023. Contudo, entre 2022 e 2023, o número de aparelhos roubados caiu de 492.905 para 442.999, segundo o Anuário.
Há mais furtos do que roubos de celulares, indica o Anuário. Furto é quando não há violência, e roubo é mais grave, mediante ameaça ou violência. Entre 2018 e 2023, os furtos de celular aumentaram 13,7%. A pena para um roubo varia entre 4 e 10 anos, já para o furto é de um a 4 anos.
Subtração dos aparelhos ocupa papel central na construção do medo e da insegurança da população. A análise é de Samira Bueno, diretora-executiva do FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública). "Eles são a porta de entrada mais fácil do crime organizado para uma série de outras modalidades de delitos que financiam e aumentam o poder das organizações criminosas", afirma.
Foram 461,5 ocorrências de celulares roubados ou furtados para cada 100 mil habitantes. Ou seja, a cada 33 segundos um celular é roubado ou furtado. O estudo revelou ainda que os roubos de celulares caíram 10% entre 2022 e 2023.