Imagens de caixas-pretas de avião que caiu em Vinhedo são divulgadas; veja
A FAB (Força Aérea Brasileira) informou que as duas caixas-pretas do avião da Voepass que caiu ontem em Vinhedo (SP) chegaram a seu laboratório na manhã deste sábado (10) para extração dos dados. Ambas foram encontradas na tarde de sexta.
O que aconteceu
O avião ATR-72 estava equipado com duas caixas-pretas. Um delas registrava os parâmetros de voo: velocidade, altitude, potência de motores, entre outros dados. A outra armazenava a comunicação dos pilotos da aeronave.
Sem prazo para acessar as informações. De acordo com a FAB, o trabalho de retirada dos dados já começou e deve se prolongar de forma ininterrupta pelas próximas horas. Não foi determinado um prazo ou data de quando os investigadores conseguirão acessar os registros.
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O primeiro passo é avaliar se há como obter os dados das duas caixas-pretas. A depender da dimensão do impacto, a coleta das informações não será possível de ser feita no Brasil, explicaram militares do Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) durante coletiva na sexta-feira.
Neste caso, é solicitada ajuda internacional. Os equipamentos seriam enviados a agências de investigação de outros países ou para os fabricantes, numa tentativa de acessar o material.
Os investigadores informaram que a partir do material das caixas-pretas é possível reconstituir os instantes finais do voo. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) confirmou que dispensou a Voepass de cumprir alguns atributos da caixa-preta que grava a comunicação dos pilotos. Os investigadores declararam que as causas do acidente poderão ser apuradas por outros meios.
O ATR-72 partiu de Cascavel com destino a Guarulhos, mas caiu em Vinhedo. Havia 58 passageiros e quatro tripulantes a borde- todos morreram.
Além de tentar extrair os dados das caixas-pretas, os investigadores fazem estudos no local da queda, em Vinhedo. Concluída esta etapa, será iniciada a fase de examinar as atividades relacionadas ao voo, o ambiente em que o avião operava e os fatores humanos.
O Cenipa pretende divulgar o relatório preliminar do acidente em 30 dias. Por ser tratar de uma investigação que segue métodos científicos, a apuração pode durar anos.