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Seis detentos fogem de presídio no Ceará; polícia cerca perímetro

Seis fugitivos da Unidade Prisional Itaitinga 4 Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

14/08/2024 20h10Atualizada em 14/08/2024 20h15

Seis detentos de um presídio em Itaitinga, na região metropolitana de Fortaleza, fugiram na manhã desta quarta-feira (13).

O que aconteceu

A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização) informou ao UOL que montou uma operação integrada com as forças de segurança. O perímetro da Unidade Prisional Itaitinga 4 foi cercado pelos agentes, que buscam pelos fugitivos.

Uma apuração interna foi instaurada pela SAP. A secretaria solicitou perícia externa para apurar as causas da ocorrência.

Os fugitivos foram identificados como: Antônio Claudio Jaco da Silva ("Neguinho Memeu"), Izaquiel de Sousa Oliveira ("Neguim/"Mucego"), Lucas Nascimento Cardoso, Sebastião Andrade dos Reis Filho ("Pel"/"Peu"), Thiago Brilhante da Silva Costa e João Carlos Gomes da Silva ("Jota C").

Os detentos conseguiram quebrar uma estrutura da cela e pularam um muro com uma corda feita de lençóis, segundo o jornal Diário do Nordeste. Eles respondem a processos por crimes como homicídios, roubos, porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas, estelionato e tortura.

Fuga frustrada

No último dia 3, detentos tentaram fugir de outro presídio em Itaitinga, mas os agentes conseguiram controlar a situação. Presos chegaram a render policiais penais.

A Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP-Itaitinga 2) faz parte do complexo onde está preso: Leonardo Alexander Ribeiro Herbas Camacho, 26, sobrinho de Marco Willians Herbas Camacho, 56, o Marcola, apontado como líder máximo do PCC (Primeiro Comando da Capital).

Reportagem do UOL apurou que ocorrência começou por volta das 19h20. Um policial penal foi rendido e levou um mata-leão ao tentar trancar um detento em uma cela no piso superior da unidade. O agente foi amordaçado, algemado e ameaçado pelos presos com "cossocos" (armas artesanais). Ele era o único escalado para a atividade devido ao baixo efetivo de policiais penais no local.

Durante a ação, mais de uma dezena de presos rendeu outros dois policiais penais. O grupo pegou armas e coletes da unidade, que abriga presos provisórios, ou seja, que ainda não foram condenados pela Justiça. Ela também é conhecida como CPPL (Casa de Privação Provisória de Liberdade) 2.

Internos também atiraram contra policiais penais enquanto tentavam pular o muro da penitenciária. Os agentes revidaram, segundo informações do Sindppen-CE (Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará) ao UOL. Um detento foi baleado e levado ao hospital para fazer exame de corpo de delito. Não há informações sobre seu estado de saúde.

A situação foi controlada por volta das 22h. Após tiroteio, os policiais que estavam reféns foram soltos e os demais agentes penais da unidade, com o apoio de outros policiais penais do sistema, retomaram o controle da unidade. O governo do estado disse que nenhum detento conseguiu deixar o complexo.

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