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Empresária é presa por suspeita de participação na morte de babá em Manaus

Geovana Costa Martins, 20, morta no Amazonas Imagem: Reprodução/Redes Sociais

Colaboração para o UOL, em São Paulo

29/08/2024 16h41Atualizada em 29/08/2024 22h20

Uma mulher foi presa por suspeita de envolvimento na morte de Geovana Costa Martins, 20, que trabalhava como babá na casa dela.

O que aconteceu

Suspeita foi presa na noite desta quarta-feira (28). O corpo da vítima foi encontrado com sinais de espancamento no dia 20 de agosto e estava em uma área de mata na zona oeste de Manaus. A família realizou o reconhecimento no domingo (25), segundo informações da PCAM.

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Geovana passou a ser aliciada para exploração sexual. A jovem trabalhava há cerca de um ano na casa, mas, conforme a investigação, a suspeita é de que a babá seria usada "como mula" para o tráfico de drogas na Europa. Posteriormente, a vítima seria explorada sexualmente naquele continente.

Empresária tem histórico de tráfico de drogas e já estava com passagem comprada para a França. "[A suspeita] tinha uma passagem comprada para a França, onde seus pais moram e, recentemente, a Geovana tinha emitido um passaporte. Ela já foi presa por tráfico, quando tentava embarcar em um avião com drogas, então, provavelmente a Geovana serviria de mula e depois teria que se prostituir fora do país também", explicou a delegada do caso, Marília Campello, da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (29).

A empresária negou as acusações e, em depoimento, apontou o ex-namorado de Geovana como responsável pelo assassinato, informou a delegada. O homem, que não teve a identidade divulgada, foi ouvido e, inicialmente, não há indícios de participação dele no crime, disse a delegada. Além disso, ele teria mostrado mensagens que indicam que a patroa manteria Geovana em situação de cárcere privado.

"Ela não deixava ela se relacionar nem com ele [o ex-namorado], nem com ninguém de fora, porque queria manter ela ali naquele cárcere", destacou a delegada. "A Geovana foi para lá para trabalhar como babá, depois foi aliciada pela [patroa], com uma vida de baladas e bebidas, só que, quando a vítima dizia que não queria mais, ela [a suspeita], dizia que Geovana estava devendo ela e que teria que pagar, permanecendo na casa".

Vítima pode ter sido morta após desistir de servir como "mula" da empresária. "O que a Geovana teria feito que teria desagradado? Será que ela não queria mais viajar como mula e estava com medo? Essas são perguntas que serão respondidas ao longo da investigação", explicou a delegada.

Suspeita buscava amedrontar a vítima com o argumento de que foi casada com um dos principais traficantes do Amazonas, atualmente foragido no Rio de Janeiro. "Ela [empresária] dizia que ia chamar o pessoal do tráfico para quebrar a perna, dizia que ia fazer acontecer", completou Marília, ressaltando que outras meninas eram aliciadas e exploradas pela suspeita, mas que apenas Geovana era mantida em cárcere.

A mulher segue detida no sistema prisional do Amazonas. O UOL não conseguiu localizar a defesa da empresária. O espaço segue aberto para manifestação.

Outro suspeito de participação no crime é procurado pela polícia. O homem identificado como Eduardo Gomes da Silva foi apontado pela Polícia Civil do Amazonas. A PC-AM pede a quem tiver informações sobre o paradeiro dele, que entre em contato pelo número (92) 98118-9535, disque-denúncia da DEHS, ou pelo 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública. A identidade do informante será mantida em sigilo.

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