Motorista de app é preso suspeito de estuprar passageira de 17 anos em SP
Um motorista de transporte por aplicativo foi preso por suspeita de estuprar uma adolescente de 17 anos durante uma corrida, na manhã da segunda-feira (16), na zona sul de São Paulo (SP).
O que aconteceu
Vítima solicitou a corrida por meio do aplicativo 99 para ir até o local de trabalho onde atua como jovem aprendiz. Durante o trajeto, o motorista teria iniciado uma conversa com a passageira, que não gostou do teor do assunto abordado e passou a agir de forma "mais retraída" dentro do veículo. As informações constam no boletim de ocorrência registrado na 1ª Delegacia De Defesa da Mulher ao qual o UOL teve acesso.
Motorista parou o carro em uma rua erma, quando abusou da passageira. Conforme o boletim de ocorrência, sem o consentimento da vítima, o suspeito teria ido para a parte de trás do carro, onde ela estava, tirou a roupa da jovem e a estuprou.
Suspeito "agiu como se a vítima fosse sua ficante", disse a mãe da vítima. Após o abuso, o homem retornou para o banco do motorista e dirigiu até o destino colocado pela vítima na corrida. Ela pediu dados do Pix dele para pagar o valor da corrida e assim conseguiu obter informações pessoais do suspeito.
Vítima foi acolhida pelas colegas de trabalho e foi orientada a procurar o Hospital da Mulher. A adolescente passou por exames na unidade de saúde e no Instituto Médico Legal. Segundo o relato da vítima, o suspeito não usou preservativo.
Motorista foi preso em flagrante e negou ter abusado da passageira. Ele admitiu ter mantido relação sexual com a adolescente, mas alegou que foi consentida. O suspeito disse que durante o trajeto os dois falaram sobre relacionamento, ele não questionou a idade dela, e que rolou "uma química". Ele alega que perguntou a jovem se eles "poderiam se conhecer" e ela teria dito que "sim".
O motorista foi preso e indiciado pelo crime de estupro. O suspeito já passou por audiência de custódia e o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a prisão, convertendo de flagrante para preventiva. O UOL não conseguiu localizar a defesa do motorista.
Em nota ao UOL, a 99 disse que o motorista foi bloqueado da plataforma e afirmou "lamentar profundamente o ocorrido". "A 99 possui política de repúdio e tolerância zero em qualquer caso de violência, especialmente contra assédio e violência sexual".
Plataforma ressaltou que uma equipe especializada contatou a passageira para "oferecer acolhimento, suporte orientações". "Inclusive o acionamento do seguro, com auxílio para despesas médicas e apoio psicológico. A companhia segue à disposição para colaborar com as investigações das autoridades".
Como denunciar violência contra crianças e adolescentes
Denúncias sobre violência contra crianças e adolescentes podem ser feitas pelo Disque 100 (inclusive de forma anônima), na delegacia de polícia mais próxima e no Conselho Tutelar de cada município.
Se for um caso de violência que a pessoa estiver presenciando, pode ligar no 190, da Polícia Militar, para uma viatura ir no local. Também é possível se dirigir ao Fórum da Cidade e procurar a Promotoria da Infância e Juventude.
Quem não denuncia situações de perigo, abandono e violência contra crianças e adolescentes pode responder pelo crime de omissão de socorro, previsto no Código Penal. A lei Henry Borel também prevê punições para quem se omite.
Funcionários públicos que se omitem no exercício de seus cargos, em escolas, postos de saúde e serviços de assistência social, entre outros, podem responder por crime de prevaricação.
Em caso de violência, denuncie
Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.
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Quero receberCasos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.
Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.
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