'Surpreso', diz Leonardo após nome na 'lista suja' de trabalho escravo
Do UOL, em São Paulo
07/10/2024 17h33Atualizada em 07/10/2024 18h37
O cantor Leonardo negou envolvimento, nesta segunda-feira (6), e se disse surpreso com o seu nome incluído na "lista suja" de trabalho escravo.
O que aconteceu
Cantor fez pronunciamento sobre o assunto em vídeo divulgado nas redes sociais. "Confesso a vocês que eu estou surpreso e triste por meu nome estar sendo vinculado. Quero dizer para vocês que, em 2022, eu arrendei uma fazenda para um arrendatário e, nisso, surgiram alguns funcionários que eu não conheço... de repente, eu fui visitado pelo Ministério Público do Trabalho. Foi lavrada uma multa", disse ele em vídeo.
Arrendamento é um contrato comum em diversos setores, como o agrícola, comercial ou residencial. O arrendatário é a pessoa que recebe o direito de explorar o bem de um arrendador, por um período determinado, após o pagamento de um valor pré-estabelecido por partes.
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Há um equívoco muito grande sobre a minha pessoa. O Brasil inteiro me conhece, sabe a pessoa que sou, da idoneidade que tenho. [Eu não me misturo nessa lista que fizeram de trabalho escravo. Eu sou totalmente contra esse tipo de coisa. Sempre serei contra isso.
Cantor Leonardo
Cantor sertanejo é um dos 176 nomes incluídos na nova atualização da chamada 'lista suja' do trabalho escravo. O cadastro mantido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) torna públicos os nomes de pessoas físicas e jurídicas responsabilizadas pelo crime pelo governo federal, após operações de resgate de trabalhadores, conforme apurou o colunista do UOL Leonardo Sakamoto.
Entrada de Leonardo na lista se deve a uma fiscalização em novembro de 2023 nas fazendas Talismã e Lakanka, no município de Jussara (GO), segundo Sakamoto. Na ocasião, foram encontradas seis pessoas, incluindo um adolescente de 17 anos, em condições degradantes, um dos elementos que configuram a escravidão contemporânea no Brasil
Eles dormiam em uma casa abandonada, onde não havia água potável, banheiro e camas — o espaço para deitar era improvisado com tábuas de madeira e galões de agrotóxicos. O local também tinha sido tomado por insetos e morcegos, e exalava um "odor forte e fétido", segundo o relatório de fiscalização acessado pela Repórter Brasil.