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Cinco ônibus são sequestrados e usados como barricadas no Rio

Do UOL, em São Paulo

17/10/2024 12h55

Um dia após nove ônibus serem usados como barricada na zona oeste do Rio de Janeiro, mais cinco coletivos foram sequestrados por criminosos na manhã desta quinta-feira (17) em diversas regiões da cidade. Passageiros e motoristas não se feriram.

O que aconteceu

Ônibus foram sequestrados nas regiões de Costa Barros, Muzema e Pavuna. As linhas que circulam pelas localidades estão sofrendo desvios de itinerário, informou a Rio Ônibus, sindicato das empresas de ônibus do Rio.

As barricadas foram montadas em vias das zonas norte e oeste da capital. Dois ônibus foram sequestrados na Estrada do Itanhangá e outros dois coletivos foram tomados na Estrada de Botafogo. O quinto ônibus foi sequestrado em frente ao metrô da Pavuna.

Rio Ônibus diz que passageiros e motoristas não se feriram e que os veículos já foram recolhidos. Sindicato detalhou que os criminosos entraram nos coletivos, ameaçaram os ocupantes, pediram para que todos descessem e roubaram as chaves após posicionar os veículos como barricadas.

Quatro coletivos sequestrados pertencem a Rio Ônibus. São eles: B11505 - Linha 778 (Pavuna x Cascadura), B11507 - Linha 778 (Pavuna x Cascadura), C13137 - Linha 878 (Barra da Tijuca x Tanque) e C47825 - Linha 863 (Rio das Pedras x Barra da Tijuca). Já o quinto coletivo sequestrado na na Pavuna pertence à Federação das Empresas de Mobilidade do Estado do Rio de Janeiro.

Patrulhamento da Polícia Militar. Em nota, a corporação informou que policiais militares do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) reforçam o patrulhamento nas comunidades Tijuquinha e Muzema, na zona oeste do Rio de Janeiro. Até o momento, não há registro de prisão ou apreensão. Segundo a PM, os dois ônibus que foram posicionados na Estrada do Itanhangá para obstruir a via, já foram retirados por policiais militares do 31ºBPM.

Nos últimos 12 meses já foram 136 veículos sequestrados. "A recorrência dos casos reiteram a necessidade de ações efetivas por parte das autoridades de segurança pública do Rio de Janeiro. É preciso, com urgência, garantir o direito de ir e vir do cidadão", lamentou em nota o sindicato.

É um verdadeiro absurdo que se repete quase todos os dias nos mesmos lugares e nenhuma providência é tomada. Mais uma vez, a Rio Ônibus repudia os atos criminosos que afetam tanto a vida da população e apela para que as autoridades tomem as devidas providências para garantir o direito básico de ir e vir da população carioca.
Paulo Valente, porta-voz da Rio Ônibus

Criminosos agem de forma semelhante. Paulo detalhou que eles rendem o motorista, mandam atravessar os ônibus e desaparecem com as chaves. "Isso acontece sempre. Então, é necessário que se procurem as chaves reservas nas garagens para levar até o local [do crime]. Mas tem que esperar que a polícia ofereça segurança para que os ônibus possam ser retirados. Em alguns casos, eles danificam os miolos de ignição do veículo, e por isso eles têm que ser rebocados para a garagem. Teve um ônibus que foi sequestrado dois dias seguidos na Vila Aliança, então no primeiro caso tinha chave reserva, no segundo dia, não", disse Valente à GloboNews, na quarta-feira (16).

Medidas para prevenir barricadas com ônibus. O porta-voz da Rio Ônibus destacou que é difícil prevenir casos como esse. "A alegação das autoridades de segurança é que são operações sigilosas e que não podem informar previamente para as empresas de ônibus [que vão realizar operações em determinadas áreas]. Não há uma garantia do sigilo da informação. O que a gente pede e entende é que deveria ter uma parte do contingente da polícia reservada para fazer a garantia de circulação dos ônibus".

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