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Justiça condena réu a multa milionária por desmatamento na Amazônia

A área desmatada por AJ Vilela e Batisti, segundo a Justiça Imagem: Reprodução/Google Maps

Do UOL, em São Paulo

31/10/2024 18h50Atualizada em 31/10/2024 18h50

A Justiça do Pará determinou que dois réus paguem indenizações por desmatar parte da floresta amazônica em Altamira, no Pará.

O que aconteceu

Indenização conjunta é de R$ 1,58 milhão. Antônio José Junqueira Vilela Filho, conhecido como AJ Vilela, deve pagar R$ 1,23 milhão por desmatar área de 104,11 hectares, enquanto Zelino Batisti foi multado em R$ 354 mil por desflorestar área de 29,97 hectares.

Réus foram condenados a recuperar área desmatada. Eles devem apresentar um plano para recuperação em até 90 dias, sob pena de multa diária de R$ 500. A área desmatada teve seu Cadastro Ambiental Rural suspenso até sua recuperação.

Condenados desmataram 134 hectares, ou 1,34 km², da floresta amazônica. O dano à vegetação nativa da região foi identificado por meio de imagens de satélites recolhidas pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) em 2018.

Defesa de AJ Vilela e Batisti disseram que não havia provas contra eles. Entretanto, essa alegação foi afastada pelo juiz federal Paulo César Moy Anaisse, da Vara Criminal e Cível da Subseção Judiciária de Itaituba (PA).

Antônio Vilela Filho já foi processado por desmatamento e teve bens bloqueados. Em 2016, a Justiça Federal bloqueou R$ 420 milhões de AJ Vilela por envolvimento na destruição de 300 km quadrados de florestas em Altamira (PA). Segundo o Ministério Público Federal, ele participava de um esquema que realizava práticas de grilagem, trabalho escravo e desmatamento em áreas públicas do Estado do Pará.

O UOL buscou posicionamento da defesa dos réus, mas não os encontrou. Este espaço segue aberto para manifestações.

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