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Justiça solta policial acusado por Gritzbach de lavar dinheiro para o PCC

Delatado por Vinícius Gritzbach, Cyllas Salerto Elia Júnior é CEO da 2 Go Bank Imagem: Reprodução

Do UOL, em São Paulo

04/01/2025 16h29Atualizada em 04/01/2025 17h17

Suspeito de lavar dinheiro para o PCC (Primeiro Comando da Capital), o policial civil Cyllas Salerno Elia Júnior foi solto em dezembro do ano passado após decisão da Justiça Federal. A informação só veio a público neste sábado (4).

O que aconteceu

Elia Júnior foi preso em 26 de novembro após ter sido citado em delação. Segundo o empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach —assassinado aos 38 anos após delação premiada—, o policial fez parte de uma organização criminosa que lavou cerca de R$ 6 bilhões.

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"A soltura ocorreu no dia 18 de dezembro", confirmou ao UOL a SSP (Secretaria de Segurança Pública). "Ele segue afastado de suas funções, sem remuneração." O UOL procurou a Justiça Federal, mas não recebeu resposta até a publicação desta reportagem.

A Corregedoria da Polícia Civil apura os fatos relativos à conduta do policial e permanece à disposição da Polícia Federal para colaborar com as investigações que resultaram em sua prisão.
SSP, em nota

O policial teria atuado como sócio de duas lideranças do PCC no banco 2 Go Bank: Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, e Rafael Maeda Pires, o Japa.

O 2 Go Bank faria parte de um sistema bancário ilegal que teria lavado cerca de R$ 6 bilhões. O dinheiro era movimento no Brasil, Estados Unidos, Paraguai, Peru, Holanda, Argentina, Bolívia, Canadá, Panamá, Colômbia, Inglaterra, Itália, Turquia, Dubai. A maior parte do dinheiro, porém, tinha Hong Kong e China como destino, segundo as investigações.

Além de sócio do 2 Go Bank, Elia Júnior trabalhava no Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais). Ele foi citado por Gritzbach em depoimento à Corregedoria da Polícia Civil em 31 de outubro. Oito dias depois, o empresário foi morto com dez tiros ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

A defesa de Elia Júnior nega qualquer envolvimento com o crime organizado. Quando o policial foi preso, afirmouo que o 2 Go Bank possui sistemas de controle rigorosos sobre as operações financeiras realizadas.

Morto com 10 tiros

O empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, 38, foi morto a tiros no aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro Imagem: Divulgação

Gritzbach foi assassinado com dez tiros de fuzil em 8 de novembro do ano passado no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

Jurado pelo PCC, o empresário teria desviado parte de um investimento da facção em criptomoedas. Em seguida, ele teria mandado matar Cara Preta em dezembro de 2021. Japa, por sua vez, foi morto com um tiro na cabeça em maio de 2023.

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