Casas são evacuadas para implosão de ponte que caiu entre TO e MA
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A demolição do que restou da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou entre os estados de Tocantins e Maranhão, está marcada para este domingo (2) às 14h. Como precaução, casas em volta da estrutura precisarão ser evacuadas.
O que aconteceu
A destruição dos escombros remanescentes será feita por implosão. A técnica usa calor intenso e explosivos estrategicamente posicionados para fragmentar a estrutura, segundo o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes).
Alguns moradores de residências do lado de Estreito (MA) e Aguiarnópolis (TO) serão evacuados. O órgão informou que técnicos fizeram vistorias cautelares nas casas que estão no perímetro de segurança da implosão - que é de 2.148 m em Estreito e de 2.136 m em Aguiarnópolis.
Nenhuma casa será impactada, garantiu o Dnit. Em nota, o Departamento afirmou que a evacuação se trata apenas de uma medida preventiva de segurança, e as prefeituras dos dois municípios entrarão em contato com os moradores que serão retirados.
O tráfego de veículos também está proibido no perímetro de risco. Além do Dnit, a Polícia Rodoviária Federal, a Marinha do Brasil, a Defesa Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros auxiliarão na operação.
Ponte cedeu no dia 22 de dezembro
A ponte que ligava as cidades Aguiarnopólis (TO) e Estreito (MA) cedeu na manhã do dia 22 de dezembro. Três caminhões que transportavam 22 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico caíram no Rio Tocantins, mas uma análise feita na água indicou que não houve o vazamento.
Até agora, 14 pessoas morreram e três continuam desaparecidas. No total, oito veículos estavam na ponte na hora da queda.
As más condições da ponte eram notórias. Um vereador gravava a situação na hora que a ponte ruiu. O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) assumiu responsabilidade no acidente.
Seis associações da sociedade civil entraram com uma ação na Justiça contra o governo federal e o Dnit. As entidades, que alegam omissão por parte das autoridades, pedem reparação para as vítimas e medidas urgentes para minimizar os impactos