Criador do boneco Pixuleco é acusado de violência doméstica em Brasília
O dono da marca Pixuleco é investigado por violência doméstica em Brasília. O boneco Pixuleco ficou conhecido a partir de 2015 ao retratar o presidente Lula como um presidiário.
O que aconteceu
Vinicius Carvalho Aquino é formado em Direito e trabalhou na Câmara dos Deputados. Ele registrou a marca Pixuleco, que está ativa até 2030, junto ao Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial).
Uma mulher o acusa de perseguição e ameaça após o fim do relacionamento. As informações foram divulgadas pelo site Metrópoles e confirmadas pelo UOL.
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Em depoimento, ela contou que o namorou por seis meses e registrou uma queixa contra ele em 2024. Na ocasião, obteve uma medida protetiva. Em outubro, o casal reatou. Ela contou ter encerrado o relacionamento em janeiro deste ano.
À Delegacia de Atendimento à Mulher, ela declarou que Aquino não aceitou a decisão. Ele disse, segundo o depoimento, que quebraria o carro dela e a mataria se a visse com outra pessoa. A mulher também disse que ele chegou a pular o muro de sua casa e esmurrou a porta de seu quarto.
A defesa de Vinicius Aquino informou ao UOL que "os fatos narrados não condizem com a verdade". Declarou que "só se aprofundará após concluídas as investigações".
A Justiça decretou a prisão preventiva de Aquino no início de março, por supostamente descumprir medidas protetivas. Na ocasião, a defesa alegou que as ordens haviam sido extintas anteriormente e pediu a revogação do mandado.
Em seguida, a Justiça decidiu aplicar medidas cautelares a Aquino. Ele deverá usar tornozeleira eletrônica durante 90 dias e está proibido de se aproximar da mulher ou ter contato "por qualquer meio de comunicação".
O Ministério Público do Distrito Federal denunciou Aquino, em 2022, por perturbar a tranquilidade de outra ex-namorada. Ele teria ligado 219 vezes para o celular da mulher, em um período de 8 horas e 36 minutos.
O criador do Pixuleco foi absolvido. Na sentença, a Justiça afirmou que não havia como responsabilizá-lo criminalmente. Embora se adequasse à prática de perturbação à tranquilidade, afirmou a decisão, a conduta havia sido revogada por uma lei de 2021 e o caso não tinha "todas as elementares exigidas" pelo crime de perseguição.