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Caso de jovem morta em SC deve preservar direito ao contraditório, diz OAB

Thamily Venâncio Ereno, morta em operação policial em SC - Arquivo Pessoal Thamily Venâncio Ereno, morta em operação policial em SC - Arquivo Pessoal
Thamily Venâncio Ereno, morta em operação policial em SC Imagem: Arquivo Pessoal

Do UOL, em São Paulo

23/03/2025 15h52

A Subseção de Criciúma da OAB-SC disse que acompanhará o caso da estudante de odontologia Thamily Venâncio Ereno, morta em uma operação policial na sexta-feira (21).

O que aconteceu

Em nota, entidade disse que seu objetivo é preservar o direito ao contraditório e o direito à vida. Thamily foi atingida por um disparo na cabeça durante uma abordagem policial na tarde de anteontem em Criciúma, sul de Santa Catarina (SC). A estudante teve a morte confirmada hoje pela família.

A OAB Subseção de Criciúma, com pesar, lamenta o triste fato ocorrido e manifesta que acompanhará o caso, objetivando que a investigação transcorra dentro da legalidade, preservando o direito ao contraditório, bem como o direito à vida.
Subseção de Criciúma da OAB-SC, em nota

Entenda o caso

A Polícia Civil informou que a jovem estava no banco de trás de um veículo em fuga. Ela estava acompanhada do companheiro Kauan de Oliveira Filastro, 20, alvo de um mandado de prisão por tráfico de drogas e organização criminosa.

No momento da abordagem, o condutor não obedeceu à ordem de parada. Segundo a Polícia Civil, ele acelerou em marcha ré na direção dos agentes.

Diante da movimentação, um dos policiais efetuou um disparo, que atingiu Thamily. O companheiro dela estava no banco da frente. Ela foi socorrida e levada ao Hospital São José, de Criciúma, onde morreu hoje.

O motorista do veículo foi preso em flagrante. Ele é suspeito dos crimes de tentativa de homicídio e desobediência. "Acreditamos que o motorista não obedeceu a ordem da polícia a pedido do foragido", afirmou o delegado regional de Criciúma, André Milanese, ao UOL.

A defesa de Kauan nega que ele tenha tentado fugir. "Em nenhum momento. Estamos trabalhando para mostrar a verdade sobre essa suposta fuga", afirmou a advogada Ester Santana Cucker à reportagem.

A defesa do motorista diz que ele acreditou que seria assaltado. Em nota, a defesa diz que os policiais estavam em uma viatura descaracterizada e teriam se aproximado armados sem identificação visível. O motorista não teve o nome divulgado.


Cotidiano