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Debate no Rio tem Paes como alvo e polarização entre Lula e Bolsonaro

Da esquerda para direita: Eduardo Paes (PSD), Alexandre Ramagem (PL), Marcelo Queiroz (PP), Tarcísio Motta (PSOL) e Rodrigo Amorim (União Brasil) no estúdio da TV Globo, no Rio de Janeiro Imagem: TV Globo/ Fábio Rocha

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/10/2024 00h15Atualizada em 04/10/2024 00h57

O debate da TV Globo pela Prefeitura do Rio refletiu o tom repetitivo da campanha na cidade. Líder nas pesquisas e com chance de ser eleito em primeiro turno, Eduardo Paes (PSD) foi o alvo preferencial de ataques dos adversários. E a polarização entre aliados de Lula (PT) e de Jair Bolsonaro (PL) permeou os quatro blocos.

Em segundo lugar nas pesquisas, o deputado federal Alexandre Ramagem (PL) se apresentou diversas vezes como o candidato de Bolsonaro. Sua principal estratégia de campanha é ser conhecido como o nome do ex-presidente para passar ao segundo turno por meio de transferência de votos.

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Ramagem repetiu a dobradinha com o também bolsonarista deputado estadual Rodrigo Amorim (União). A dupla já havia coordenado os ataques a Paes no debate anterior, da Band, no começo da campanha.

Amorim usou todas as interações para ofender Paes ou o deputado federal Tarcísio Motta (PSOL), enquanto chamava Ramagem de "amigo" — mesma postura do outro debate.

Já o psolista Motta se colocou como o candidato da esquerda, buscando o voto do eleitor de Lula —que apoia Paes.

O também deputado federal Marcelo Queiroz (PP), que foi secretário de Paes, de Marcelo Crivella (Republicanos) e de Cláudio Castro (PL), evitou responder se apoiava Lula ou Bolsonaro.

Cavalo taradão, Ozempic na rede pública e traição de Freixo

Dois temas que entraram na pauta da campanha do Rio na última semana foram citados no debate. Paes foi criticado por sua declaração sobre incluir o medicamento Ozempic na rede pública. Já Tarcísio Motta precisou fazer uma declaração em favor do presidente da Embratur, Marcelo Freixo (PT), que liderou um movimento de políticos da esquerda pelo "voto útil" em favor da reeleição de Paes —esvaziando assim a candidatura de Motta.

Amorim resgatou um assunto de 2023, que chamou de "cavalo taradão" para atacar Paes —uma apresentação vencida com licitação de um grupo numa escola municipal em que uma dançarina simulava movimentos de galope com conotação sexual ao som do funk usando uma máscara de cavalo. O prefeito disse não ter responsabilidade sobre a apresentação e que os responsáveis foram afastados.

Chance de reeleição em primeiro turno

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta (3) coloca Paes com chances de vencer em primeiro turno. De acordo com o levantamento, ele tem 54% das intenções de votos, ante 22% de Ramagem.

Quando considerados apenas os votos válidos, descontando os brancos e nulos, Paes sobe a 63%. Para vencer no primeiro turno, o candidato precisa ter mais de 50% dos votos válidos.

'Guru' de Paes e Carlos Bolsonaro no estúdio

A TV Globo permitiu apenas dois assessores de cada candidato no estúdio durante o debate, que não teve plateia.

Na equipe de Paes estavam o marqueteiro Marcello Faulhaber, considerado o "guru" do prefeito, além do jornalista Hudson Carvalho. Vice na chapa, Eduardo Cavaliere (PSD) ficou no camarim de Paes com outros dois assessores.

No estúdio com Ramagem estava o vereador Carlos Bolsonaro, um dos principais responsáveis por sua campanha. Rebeca Ramagem, mulher do candidato, o acompanhou no debate, além de outros três assessores. Sua vice, Índia Armelau (PL), não foi.

Projac montou esquema rígido de segurança

A TV Globo reforçou o esquema de segurança para o debate no Rio. Sem plateia, as equipes dos candidatos não tiverem contato com jornalistas. Os grupos entraram por locais diferentes, todos passam por detector de metal e revista de bagagem, além de serem escoltados até os locais indicados.

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