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Cidade de São Paulo tem 1º turno mais apertado da história

Do UOL, em Brasília

06/10/2024 21h19Atualizada em 07/10/2024 14h09

A cidade de São Paulo teve o primeiro turno mais acirrado desde a redemocratização. A diferença entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) foi de 0,41 ponto percentual. A de Boulos e Pablo Marçal (PRTB), 0,93 ponto percentual.

O que aconteceu

Nunes e Boulos foram ao segundo turno com uma diferença de apenas 25.012 votos um do outro. O prefeito e candidato à reeleição terminou com 29,48% — 1.801.139 votos. O deputado federal obteve 29,07% — 1.776.127 votos.

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O ex-coach Pablo Marçal (PRTB) ficou em terceiro, menos de 60 mil votos atrás de Boulos. A distância foi de 0,93 ponto percentual, ou 56.853 votos. É menos do que a votação de Marina Helena (Novo) — 84.200 votos.

A disputa apertada fez com que o resultado demorasse a ser definido, apenas às 21h06. O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) só anunciou que as eleições em São Paulo estavam matematicamente definidas faltando menos de 0,5% das urnas para apurar, por volta de 21h. Até esse horário, uma virada ainda era possível. São Paulo foi a última capital do país a fechar o placar. No início da apuração, Nunes estava à frente, seguido por Marçal. Quando cerca de metade das urnas estavam apuradas, Boulos assumiu o segundo lugar e Marçal foi para terceiro.

Nenhuma eleição foi tão apertada

Esse foi o primeiro turno mais disputado em São Paulo desde a redemocratização pelo menos. A diferença de menos de meio ponto percentual entre o primeiro e o segundo colocado é a menor registrada nesse período.

A disputa mais acirrada entre os primeiros colocados até então havia ocorrido em 2008, entre Gilberto Kassab (DEM) e Marta Suplicy (PT). Kassab obteve 33,61%; Marta 32,79%. Uma diferença de apenas 0,82 pontos percentuais — quase o dobro da registrada em 2024. No terceiro lugar ficou Geraldo Alckmin, com 22,48% — 10,31 pontos percentuais atrás de Marta. No segundo turno, Kassab venceu.

Em 2012, o resultado também ficou apertado entre José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT). Serra teve 30,75%; Haddad 28,98%. Diferença de 1,77 pontos percentuais. Celso Russomanno (PRB) ficou em terceiro, com 21,6% — 7,38 pontos percentuais atrás de Haddad. No segundo turno, Haddad passou Serra e venceu.

A diferença entre Boulos e Marçal também foi a menor da história entre os segundos e terceiros lugares. Até então, a menor distância havia sido registrada em 2012, quando Russomanno ficou 9,15 pontos atrás de Haddad.

Já a diferença entre Boulos e Marçal, inferior a um ponto percentual, é a segunda menor já registrada. Nas eleições de 2000, Marta saiu à frente. Já o segundo lugar foi disputado voto a voto entre Paulo Maluf (PPB) e Geraldo Alckmin (PSDB). Maluf marcou 17,4%, versus 17,26% de Alckmin. Uma diferença de 0,14 ponto percentual — menos de 8 mil votos. No segundo turno, Marta venceu.

Veja a posição dos três primeiros colocados nas eleições municipais de São Paulo:

  • 2020 - Bruno Covas: 32,85%; Guilherme Boulos: 20,24%; Márcio França: 13,64%
  • 2016 - João Doria: 53,29%; Fernando Haddad: 16,70%; Celso Russomanno: 13,64%
  • 2012 - José Serra: 30,75%; Fernando Haddad: 28,98%; Celso Russomanno: 21,60%
  • 2008 - Gilberto Kassab: 33,61%; Marta Suplicy: 32,79%; Geraldo Alckmin: 22,48%
  • 2004 - José Serra: 43,56%; Marta Suplicy: 35,82%; Paulo Maluf: 11,91%
  • 2000 - Marta Suplicy: 38,13%; Paulo Maluf: 17,40%; Geraldo Alckmin: 17,26%
  • 1996 - Celso Pitta: 48,24%; Luiza Erundina: 24,51%; José Serra: 15,57%
  • 1992 - Paulo Maluf: 48,85%; Eduardo Suplicy: 30,68%; Aloysio Nunes: 12,90%
  • 1988 - Luiza Erundina: 36,78%; Paulo Maluf: 30,14%; João Leiva: 17,47%
  • 1985 - Jânio Quadros: 39,33%; Fernando Henrique Cardoso: 35,80%; Eduardo Suplicy: 20,70%

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