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PL, PSDB e União: quem são os cubanos do Mais Médicos eleitos vereadores

Cubanos do programa Mais Médicos que ficaram no Brasil se elegeram vereadores Imagem: Reprodução/TSE

Colaboração para o UOL

13/10/2024 05h30

Três médicos cubanos que se naturalizaram brasileiros foram eleitos vereadores em cidades do interior do Brasil após suas atuações no programa federal Mais Médicos.

O que aconteceu

Angel Alfonso Coello Escalona, Lazaro Ruben Garcia Matias e Yoanis Infante Rodriguez foram eleitos vereadores nas cidades de Mineiros do Tietê (SP), Arame (MA) e Mossoró (RN), respectivamente. O destaque nas urnas foi o resultado do impacto positivo de seu trabalho nas comunidades desde o fim do acordo entre Brasil e Cuba, em 2018. Esses profissionais permaneceram no país, contribuindo para a saúde local e se naturalizando brasileiros.

Angel Alfonso Coello Escalona foi eleito vereador em Mineiros do Tietê (SP) pelo Partido Liberal (PL). Com 423 votos, ele foi o segundo mais votado na cidade, que tem aproximadamente 11 mil habitantes. Naturalizado brasileiro em 2022, Angel trabalhou no programa Mais Médicos desde 2014 e, em sua declaração de bens, informou possuir uma caminhonete Fiat Toro, ano 2017/2018, avaliada em R$ 102 mil.

Lazaro Ruben Garcia Matias, ou Dr. Lazaro, foi eleito vereador em Arame (MA) pelo partido União. Ele obteve 1.096 votos e ficou em quarto lugar na cidade, que tem cerca de 25 mil habitantes. Lazaro foi naturalizado em 2020, após atuar no Mais Médicos desde 2013. Na sua declaração de bens, ele listou um Hyundai Creta, ano 2023, avaliado em R$ 50 mil.

Yoanis Infante Rodriguez foi eleito em Mossoró (RN) pelo PSDB, com 1.515 votos. Yoanis começou a atuar no Mais Médicos em 2014, permanecendo no Brasil após o fim do acordo com Cuba, e se naturalizou em 2020. Em sua declaração de bens, informou possuir um veículo Creta Prestige 2.0, avaliado em R$ 80 mil, além de depósitos bancários no Nubank, no valor de R$ 98 mil, e no Banco do Brasil, no valor de R$ 709.

Além dos três eleitos, outros dois cubanos ficaram como suplentes. Camilo Francisco Ramos Pérez, o Dr. Camilo (PV), recebeu 124 votos em Cornélio Procópio (PR), mas não se elegeu, ficando como suplente. Leonardo Javier Puente Cuesta, o Dr. Leonardo Cubano (PL), também ficou como suplente após receber 203 votos em São Gabriel da Palha (ES).

Áreas carentes

O Mais Médicos foi lançado em 2013 para atender áreas carentes de profissionais de saúde no Brasil. O programa trouxe médicos brasileiros e estrangeiros, especialmente cubanos, para atuar em municípios com grande carência de atendimento médico. Mais de 28 mil médicos participaram do programa, que atendeu cerca de 96 milhões de brasileiros em todo o país.

Com o fim do acordo entre o Brasil e Cuba em 2018, muitos médicos cubanos optaram por permanecer no Brasil. Esses médicos enfrentaram dificuldades na revalidação de seus diplomas e alguns precisaram buscar outras formas de trabalho, como Yoanis Infante, que trabalhou como balconista de farmácia antes de se naturalizar. Após obterem a cidadania brasileira, esses médicos se engajaram na política local, aproveitando o reconhecimento de suas comunidades.

Segundo a Constituição Federal, estrangeiros naturalizados podem se candidatar a determinados cargos políticos no Brasil, como vereador, prefeito e vice-prefeito. Estrangeiros que adquirirem a nacionalidade brasileira podem disputar esses cargos, mas estão impedidos de concorrer a posições como presidente, senador e outras que são restritas a brasileiros natos.

Para se candidatar, é necessário preencher os requisitos legais, como pleno exercício dos direitos políticos e filiação partidária. No caso dos médicos cubanos eleitos, todos atenderam a esses requisitos e puderam disputar as eleições de 2024 de forma legítima.

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