OPINIÃO
Tales: Seria melhor para Nunes se Bolsonaro não tivesse ido a almoço em SP
Colaboração para o UOL
22/10/2024 17h56
Na reta final da campanha, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) precisou fazer uma concessão ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e aparecer ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no almoço promovido por empresários —mas, para Nunes, seria melhor se Bolsonaro não tivesse ido ao encontro, disse o colunista Tales Faria no UOL News desta terça-feira (22).
Tales destaca que Nunes tem repetido diversas vezes a respeito da importância de Tarcísio para o desempenho da campanha, o que difere do tom empregado para falar de Bolsonaro, que não embarcou em um apoio enérgico a Nunes no 1º turno.
O tratamento que Nunes deu nessa entrevista não é um evento dele. A verdade é que, na campanha de Nunes, muita gente nem queria que Bolsonaro viesse a São Paulo. O Paulinho da Força disse isso explicitamente.
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No evento inicial da campanha, foi um evento que teve o Bolsonaro, o jingle dele, antes de Bolsonaro começar a se aproximar de Marçal. Aí meio que largaram, e o eleitorado do Marçal veio por gravidade para Nunes. O almoço foi promovido por empresários bolsonaristas, e lá Nunes se desdobrou em elogios ao Tarcísio.
O tratamento que Nunes [e a campanha] estão dando ao Bolsonaro é distante. Nunes aceitou isso por pressão do Tarcísio, porque se sente devedor. O Tarcísio achou que não deveria excluir o Bolsonaro, muita gente não queria, mas o Tarcísio pressionou. Nunes é devedor ao Tarcísio e repetiu isso hoje.
Para Nunes, se Bolsonaro não tivesse ido, seria melhor. Mas agora Nunes está dizendo que não quer abstenção, porque teme que a turma do Bolsonaro, que era do Pablo Marçal, não vá votar. Ele quer evitar que essa turma não vá votar. Mas [Nunes] não conta com Bolsonaro.
Tales Faria
Quedas em casa são comuns em qualquer idade, diz médico de Lula
O médico pessoal do presidente Lula (PT), Roberto Kalil Filho, disse em entrevista ao UOL News que o acidente sofrido por Lula é comum "em qualquer idade", afastando boatos que os quase 79 anos do presidente possam ter influenciado no ocorrido.
Essas quedas em casa são muito comuns em qualquer idade. Com a idade, as pessoas podem perder o reflexo ou o equilíbrio, mas não foi o caso. Não dá para fazer uma relação -- pelo o presidente ter uma certa idade, aconteceu isso. O acidente que aconteceu com ele pode acontecer em qualquer idade, da mesma maneira. Se ele não fosse saudável, com a musculatura que ele tem, provavelmente teria fraturado a coluna. Ele tem um físico exemplar. Isso, nesse momento, nesse trauma, ajudou.
Roberto Kalil Filho
Assista à íntegra da entrevista:
Trump recuperou espaço ao adotar populismo absoluto, diz professor
Donald Trump entendeu que seria necessário voltar ao seu estado mais "puro" e adotar o "populismo absoluto" para apelar com os eleitores indecisos nos EUA, analisou o professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, durante o UOL News.
Eu tenho a sensação de que houve uma mudança completa no marketing politico do Trump. Ele abandonou os critérios que estavam postos e adotou os critérios de guerra aberta, e foi para o populismo absoluto.
Não é a política que está interessando, é Trump em estado puro. Ausência absoluta do sentido político das coisas. Ele agiu dessa forma e recuperou espaço. Ele está pensando nos indecisos. Na prática, a eleição será decidida por no máximo 3 a 4% de pessoas absolutamente indecisas que vão tomar a decisão do voto indo para a urna. É com esses que ele dança, e diz 'eu sou um de vocês'.
Leonardo Trevisan, professor da ESPM
Assista à íntegra da entrevista:
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