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Reforma da saúde nos EUA vai custar US$ 940 bilhões e deve ser votada no domingo

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

18/03/2010 11h32

Senadores democratas afirmaram nesta quinta-feira (18) que a versão revista da reforma da saúde, proposta pelo governo de Barack Obama, vai custar US$ 940 bilhões em dez anos e vai reduzir o déficit em mais de US$ 100 bilhões na primeira década, segundo avaliação feita pelo Escritório Orçamentário do Congresso (CBO).

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O déficit em conta corrente dos Estados Unidos cresceu menos que o esperado, para US$ 115,6 bilhões no quarto trimestre de 2009, conduzido pelo crescente déficit comercial norte-americano, mostrou um relatório do Departamento do Comércio nesta quinta-feira

Ao saber da análise da CBO, o líder da maioria democrata na Câmara de Representantes, Steny Hoyer, disse que a legislação vai representar a maior redução do déficit federal desde a década de 90, além de oferecer acesso a cobertura médica para praticamente todos os americanos e proibir as companhias de seguro de negar atendimento aos doentes.

Segundo ele, o projeto deve ser votado na Câmara de Representantes neste domingo (21).

A proposta, que amplia a cobertura médica, regula os planos e reduz os custos da saúde, é alvo de uma conturbada disputa entre democratas e republicanos por conta de uma tática parlamentar que permite que a Câmara aprove a versão da reforma, ratificada em dezembro pelo Senado, sem a necessidade de um voto formal.

Segundo o polêmico procedimento, a Câmara poderia aprovar simultaneamente, sem programar um voto formal, a reforma de saúde do Senado enquanto debate e vota uma série de modificações a esse mesmo plano em um segundo projeto de lei.

Os republicanos, em geral, criticam os democratas por estarem supostamente violando as regras com o uso da tática e prometeram fazer todo o possível para bloquear o plano de reforma e obrigar o retorno às negociações.

Os democratas retrucam dizendo que os republicanos recorreram a esse truque parlamentar muitas vezes quando tinham o controle do Congresso para aprovar leis impopulares entre a oposição.

Nesta semana, grupos a favor e contra intensificaram os ataques mútuos e investiram somas milionárias em campanhas midiáticas.

Já o presidente Obama, que ontem fez um discurso defendendo a reforma, deve dar início a uma série de viagens no exterior, depois de ter adiado o giro por conta da votação.

“Estou confiante de que ela vai passar”, disse ele em entrevista à “Fox News”. “É a coisa certa a fazer”.

* Com agências internacionais