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Obama afirma que Congresso está pronto para "votação histórica" da reforma da saúde

O presidente dos EUA, Barack Obama, durante palestra sobre a reforma do sistema de Saúde  - Doug Mills / The New York Times - 08.mar.2010
O presidente dos EUA, Barack Obama, durante palestra sobre a reforma do sistema de Saúde Imagem: Doug Mills / The New York Times - 08.mar.2010

Do UOL Notícias*

Em São Paulo

19/03/2010 13h03

Atualizada às 14h03

O presidente Barack Obama disse nesta sexta-feira (19) que o Congresso dos Estados Unidos está pronto para fazer “algo histórico” neste fim de semana ao aprovar a reforma da saúde. "Em pouco dias, com uma votação histórica, terminará uma luta de um século", afirmou Obama durante diante de milhares de pessoas na universidade de George-Mason de Fairfax (Virgínia, leste do país), a 30 km de Washington.

Reforma da saúde americana

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"A alguns quilômetros daqui, o Congresso está nas últimas etapas de um debate decisivo sobre o futuro da seguridade médica nos Estados Unidos. É um debate que provocou polêmica não apenas no ano passado, mas durante grande parte do último século", lembrou Obama, afirmando que o ex-presidente americano Theodore Roosevelt, no início do século 20, foi o primeiro a levantar o tema.

O presidente americano já contaria com votos suficientes da base aliada para a aprovação da reforma. A expectativa é de uma votação apertada. O projeto de lei já está redigido. "No coração deste debate está a inquietação de saber se seguiremos aceitando um sistema de saúde que trabalha mais para as companhias de seguros médicos que para os americanos. Porque se essa votação fracassar, o setor de seguros seguirá fazendo o que quer", disse.

Entenda como funciona o Medicaid

Obama adiou uma visita à Indonésia e à Austrália para ajudar a convencer deputados a apoiarem o projeto quando ele for levado a votação, no domingo.

A reforma da saúde, uma das principais bandeiras de campanha de Obama, prevê cobertura a 32 milhões de pessoas hoje sem seguro. A nova legislação proibirá práticas dos planos como negar cobertura a pacientes com doenças pré-existentes e diz ainda que todos os norte-americanos deverão ter seguro-saúde, mas trabalhadores de média e baixa renda receberão subsídios para isso. O projeto também amplia o Medicaid, programa federal de saúde para os pobres.

O Escritório Parlamentar de Orçamento, um órgão apartidário, estimou que a medida ampliaria a cobertura da população a um custo de US$ 940 bilhões em dez anos, e reduziria o déficit em US$ 138 bilhões no mesmo período, por meio de novas taxas, impostos e medidas de contenção de gastos.

* Com agências internacionais