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"Ouvimos um grande estrondo", diz brasileiro que trabalha em obra do aeroporto de Trípoli

Equipes de resgate e de segurança vasculham destroços do avião que caiu na Líbia - Abdel Meguid al-Fergany/AP
Equipes de resgate e de segurança vasculham destroços do avião que caiu na Líbia Imagem: Abdel Meguid al-Fergany/AP

Guilherme Balza <BR> Do UOL Notícias

Em São Paulo

12/05/2010 09h22Atualizada em 14/05/2010 11h19

Funcionários brasileiros da construtora Odebrecht que trabalham nas obras de ampliação do aeroporto de Trípoli, na Líbia, presenciaram o acidente aéreo ocorrido nesta quarta-feira (12). O avião transportava 93 passageiros e 11 tripulantes e deveria pousar em Trípoli às 6h10 no horário local (1h10 de Brasília), mas caiu a cerca de 100 metros da cabeceira da pista do aeroporto. Um holandês de 10 anos foi resgatado com vida.

Imagens do local do acidente

Um brasileiro que não quis que sua indentidade fosse divulgada e trabalha na administração da construtora em Trípoli, disse que muitos colegas viram o acidente. “Como nosso turno é de 24 horas, muitos viram o acidente. Na hora que o avião caiu eles escutaram fortes estrondos. Ninguém sabe exatamente o que aconteceu. O avião caiu bem perto da pista”, disse o brasileiro em entrevista ao UOL Notícias.

De acordo com ele, que está na Líbia há um ano e meio os brasileiros trabalham na construção de dois novos terminais do aeroporto de Trípoli. O administrador disse que a polícia isolou a área do acidente para evitar a atuação de curiosos. “Existem muitos curiosos. As pessoas estão fora de si”, afirmou.

Ainda segundo o brasileiro, aparentemente a pista do aeroporto não tem problemas de infraestrutura ou de sinalização. “Pelo que a gente consegue ver, a estrutura de pista não tem nenhum problema. Já desembarquei durante o dia e à noite e nunca percebi algum problema”, disse.

O brasileiro também acha difícil que o tempo tenha influenciado na queda da aeronave. “O céu está super aberto, o verão está começando. Nessa época o sol costuma nascer por volta de 5h30. Hoje, não houve sinal da ocorrência de tempestades de areia, nem houve rajadas de vento”, acrescentou.

"A cerca de 500 metros do local do acidente há um condomínio onde vivem cerca de 100 brasileiros que trabalham em uma construtora brasileira aqui em Trípoli", disse o brasileiro.