Obama visita área afetada por vazamento de óleo após prometer solução para o desastre ambiental
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, chegou nesta sexta-feira (28) a Nova Orleans, na Louisiana, para uma segunda visita à zona afetada pelo derramamento de óleo no Golfo do México.
Obama passará pela costa da Louisiana, onde uma camada viscosa de óleo invadiu manguezais, paralisou a lucrativa atividade pesqueira e irritou uma população que ainda se recupera do impacto do furacão Katrina, em 2005.
Ontem, Obama prometeu que o problema será resolvido, e reagiu às críticas que seu governo vem sofrendo pela suposta demora em agir. Segundo Obama, até sua filha Malia, de 11 anos, se mostra aflita. "Já tapou o buraco, papai?", teria perguntado ela, segundo o presidente.
Obama afirmou em entrevista coletiva que prolongará por seis meses a proibição de novas perfurações para extrair petróleo em águas profundas na costa do país após a catástrofe provocada pelo vazamento de combustível no Golfo de México. A decisão faz parte de um conjunto de medidas determinadas pelo presidente em reação ao vazamento de petróleo de uma plataforma que explodiu e afundou no Golfo de México no mês passado.
Para muitos, o desastre da BP tem potencial para se tornar o Katrina do governo Obama - depois daquele furacão, em 2005, a popularidade do então presidente George W. Bush desabou, devido à atrapalhada reação do governo à tragédia.
No caso de Obama, o problema é que o governo federal não detém a tecnologia nem as ferramentas para resolver esse tipo de desastre a 1.600 metros de profundidade, e depende da BP para achar um jeito de conter o vazamento. O governo tem responsabilizado integralmente a BP pelo desastre.
Operação para impedir vazamento
O executivo-chefe da British Petroleum (BP), Tony Hayward, disse nesta sexta-feira (28) que demorará ainda dois dias para saber se a injeção de lama no poço que está vazando petróleo no Golfo do México funcionou.
Câmera subaquática mostra vazamento
Imagens do vazamento mostram jatos de fluídos pesados saindo do encanamento quebrado, mas Hayward esclareceu à rede "CNN" que é "quase tudo lama, que não é tóxica, e água".
O diretor, que deu entrevistas ao vivo hoje a várias redes de televisão dos Estados Unidos, disse à "NBC" que "passarão provavelmente outras 48 horas antes de sabermos se tivemos sucesso".
Na quinta-feira, em entrevista coletiva, o diretor-geral de operações da companhia, Doug Suttles, disse que os resultados demorariam "24 horas ou talvez um pouco mais" para determinar se a operação deu certo.
Hayward, que a princípio minimizou o impacto ecológico do derramamento de óleo, dado que o petróleo não tinha chegado à costa, disse hoje à "CNN" que "se trata claramente de uma catástrofe ambiental".
A BP começou na quarta-feira a injetar lama nos encanamentos quebrados a 1.500 metros de profundidade.
Ontem a companhia paralisou a injeção do fluido pesado para analisar sua eficácia.
No mesmo dia retomou os trabalhos, com a introdução de uma variedade de materiais a alta temperatura, como peças de borracha, uma operação que terminou hoje, segundo Hayward, que disse que a BP continuará agora com a injeção de fluidos pesados, como lama.
* Com informações das agências internacionais
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