Apesar da onda de violência, presidente interina confirma referendo no Quirguistão em 6 dias
A presidente interina quirguiz, Roza Otunbayeva, confirmou nesta segunda-feira (21) a realização de um referendo no domingo sobre a nova constituição do país, que, se aprovado, dá mais poder ao Parlamento. Alguns oficiais pedem o adiamento do referendo devido à onda de violência que atinge várias regiões do país, o que pode prejudicar a votação.
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"Realizar o referendo é necessário porque precisamos criar uma estrutura legal de governo", justificou Otunbayeva. "Se permitirmos adiamentos, isso será uma ameaça, vai trazer instabilidade", disse.
A aprovação do referendo busca evitar a concentração de poder em única pessoa ou família. Há suspeitas de que a família do presidente deposto, Kurmanbek Bakiev, alijada do poder, esteja por trás da violência para desestabilizar o governo em exercício.
O referendo tem apoio de Estados Unidos e Rússia, dois países com bases aéreas militares no Quirguistão. Os dois países concordam que um referendo é uma "decisão soberana" do país.
A secretária de Estado, Hillary Clinton, e o ministro russo de Relações Exteriores, Serguei Lavrov, abordaram sua "preocupação sobre os recentes episódios de violência e tensões entre etnias" no Quirguistão, disse o porta-voz Philip Crowley em comunicado do fim de semana.
"Os ministros concordaram que o próximo referendo é uma decisão soberana do Quirguistão e concordaram em estimular as autoridades quirguizes a realizá-lo segundo as normas internacionais".
Pelo menos 208 pessoas morreram nos choques étnicos que explodiram no último dia 11 no sul do Quirguistão, segundo o novo balanço de vítimas divulgado hoje pelo Ministério da Saúde.
No entanto, a presidente interina do Quirguistão, Rosa Otunbayeva, admitiu que o número real de vítimas fatais é muito mais alto, e em uma entrevista a um meio de comunicação russo chegou a dizer que "os números oficiais seriam multiplicados por dez".
O Governo provisório quirguiz, que assegura que a situação no sul do país pouco a pouco se normaliza, anunciou hoje a redução em duas horas do toque de recolher em Jalal-Abad, cidade que junto com Osh foi cenário dos sangrentos confrontos entre quirguizes e uzbeques.
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