Novo Congresso dos EUA inicia nova legislatura com peso republicano e ameça reformas de Obama
O Congresso dos Estados Unidos iniciou nesta quarta-feira (5) sua 112ª legislatura com fortes divisões entre democratas e republicanos sobre os rumos do país, e com a oposição republicana disposta a cortar vários programas internos e revogar a reforma de saúde, aprovada em 2010.
A jornada começou com a abertura simultânea das sessões na Câmara dos Representantes, agora sob controle republicano, e do Senado, que permanece em mãos dos democratas.
Na Câmara dos Representantes, os republicanos agora somam 242 cadeiras e os democratas ficaram com 193. Uma maioria simples de 218 votos é o bastante para aprovar leis.
Com a maioria, a presidência da casa ficou com o republicano John Boehner, que assumiu a posição que desde 2007 era ocupada pela democrata Nancy Pelosi.
Boehner, eleito por Ohio (norte), deve se unir à ala direita e aos representantes do movimento conservador "Tea Party" que ingressam hoje na Câmara.
Leia mais
- Parlamentares da oposição e da base de Chávez trocam acusações na Assembleia venezuelana
- Editora causa polêmica nos EUA ao anunciar que cortará termos racistas em livros de Mark Twain
- Governo chinês vai publicar registros de casamento na internet para flagrar infies
- Cólera matou 3.500 pessoas até 29 de dezembro, diz governo haitiano
Os republicanos da Câmara, que se dizem fiéis a suas promessas de campanha, prometem cortar gastos públicos e lutar contra as regulamentações estatais "destruidoras de empregos".
Eles querem sobretudo obter a revogação da principal reforma do presidente Obama sobre o sistema de saúde. Uma votação sobre este texto está prevista para a próxima quarta-feira.
Mas o voto será meramente simbólico, já que uma revogação na Câmara da lei adotada em março de 2010 não passará pela oposição no Senado, onde os democratas mantiveram a maioria, e pelo veto do presidente Obama.
Como nova líder da minoria democrata, Pelosi expressou vontade de trabalhar com os republicanos, mas também deixou claro que terão de prestar contas se defenderem medidas que prejudiquem o bem-estar econômico do país.
Por sua vez, o presidente Obama pediu os republicanos na terça-feira, pedindo esperarem o ano que vem "para fazer campanha" para as eleições presidenciais e legislativas de novembro de 2012.
Na Casa Branca, um remanejamento de parte da equipe ligada ao presidente acompanhará a chegada da nova era política em Washington.
O Washington Post informou que o presidente pode nomear o antigo secretário de Comércio de Bill Clinton, William Daley, como secretário-geral da Casa Branca. Além disso, o porta-voz Robert Gibbs anunciou nesta quarta-feira sua partida, para se dedicar à preparação da reeleição de Obama.
*Com agências internacionais
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.