Resgate de cem vítimas de terremoto é abandonado na Nova Zelândia
As equipes de salvamento na Nova Zelândia abandonaram nesta quarta-feira (23) as tentativas de resgatar cerca de cem pessoas presas debaixo dos escombros de um edifício que desmoronou após o terremoto que atingiu Christchurch, informou a polícia.
Fontes das equipes de resgate explicaram que seria um risco continuar a operação e desencorajaram a esperança por sobreviventes.
Entre as pessoas presas sob os escombros na sede da emissora local "CTV" há cerca de 20 estudantes japoneses que participavam de um programa de intercâmbio e um número indeterminado de jornalistas e policiais que tentaram evacuar as instalações depois do terremoto.
Os socorristas indicaram que não detectaram nenhum sinal de vida sob os escombros ao inspecioná-los com microfones de alta potência e pequenas câmeras de vídeo.
Nesta quarta-feira, uma mulher foi resgatada após permanecer quase 26 horas presa sob uma mesa em um complexo de escritórios que desmoronou após o tremor, que por enquanto deixou 75 mortos confirmados.
Ann Bodkin foi retirada pelas equipes de salvamento das ruínas do edifício PGG em Christchurch, indicou à emissora de TV local o prefeito da cidade, Bob Parker.
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Parker acrescentou que Ann, que saiu dos escombros ensanguentada mas em condições de caminhar, deu um emocionante abraço no marido assim que foi resgatada, em meio à celebração da multidão concentrada no lugar.
O caso de Ann dá esperanças às famílias das cerca de 300 pessoas que seguem desaparecidas após o tremor de magnitude 6,3 na escala Richter que atingiu Christchurch.
O primeiro-ministro da Nova Zelândia, John Key, declarou estado de emergência nacional pela tragédia, enquanto a polícia impôs o toque de recolher para evitar saques durante a noite.
Os serviços de emergência trabalham contra o relógio para encontrar sobreviventes e acreditam que o número de mortos aumentará nas próximas horas.
Ajuda
Os EUA ofereceram ajuda e Japão e a Austrália enviaram centenas de especialistas em resgates, inclusive com cães farejadores. A rainha Elizabeth, da Grã-Bretanha, manifestou solidariedade e disse estar "chocada" com o terremoto.
O Itamaraty lamentou as mortes. "O governo brasileiro solidariza-se com as famílias das vítimas e manifesta seu sentido pesar ao governo e ao povo neozelandês", afirma. Não há informações sobre brasileiros vítimas do tremor.
Christchurch é considerada um pedaço da Inglaterra no hemisfério sul. Tem uma famosa catedral, agora praticamente destruída, e um rio chamado Avon --como na Inglaterra. Tem muitos edifícios históricos, construídos em pedra, e também é frequentada por estrangeiros que desejam aprender inglês e por turistas que a usam como trampolim para excursões pela Ilha Sul da Nova Zelândia.
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