EUA pedem transição pacífica na Coreia do Norte e cumprimento de acordos na área nuclear
Do UOL Notícias*, em São Paulo
19/12/2011 17h17Atualizada em 19/12/2011 18h22
A Secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton pediu nesta segunda-feira (19) uma “transição estável e pacífica” na Coreia do Norte e afirmou que os Estados Unidos desejam ter as melhores relações com o povo norte-coreano depois da morte do líder Kim Jong-il.
As declarações foram dadas depois de um encontro com seu par japonês Koichiro Gemba. “O governo norte-americano está preocupado com o bem-estar da população norte-coreana”, disse Hillary Clinton.
A Casa Branca também pediu que o novo governo do país cumpra seus compromissos na área nuclear. “Esperamos que a nova liderança norte-coreana dê os passos necessários para apoiar a paz, a prosperidade e um futuro melhor para o povo da Coreia do Norte, incluindo a atuação em seus compromissos para a desnuclearização”, disse o porta-voz Jay Carney.
Kim Jong-il morreu às 8h30 de sábado (17) (21h30 de sexta-feira em Brasília), vítima de um ataque cardíaco, aos 69 anos. A informação foi confirmada hoje pela televisão estatal do país, um dos mais fechados do mundo. O filho mais novo do ditador Kim Jong-un, general de quatro estrelas do Exército, foi designado como sucessor.
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, também pediu nesta segunda-feira uma abordagem “prudente” da Coreia do Norte depois da morte de Kim Jong-il.
Segundo o porta-voz do Pentágono George Little, Panetta conversou por telefone com seu par sul-coreano, Kim Kwan-Jin, e os dois “concordaram que é fundamental manter a prudência em relação a tudo o que estiver relacionado com a postura de segurança na Coreia do Norte”. Estados Unidos e Coreia do Sul teriam combinado trocar informações nos próximos dias.
“O secretário transmitiu ao ministro Kim o sólido compromisso dos Estados Unidos coma estabilidade peninsular e com a nossa aliança”, disse Little.
O assessor disse ainda que os secretários de Defesa reconheceram que a morte do líder norte-coreano marca um momento de mudança e incerteza.
“Creio que ambos entendem que este é um momento delicado e que precisam observar atentamente o desenvolvimento dos fatos na Coreia do Norte e na península”, disse Little.
*Com informações de agências internacionais