Para defensores de direitos humanos, ditador liderou o "inferno na Terra" na Coreia do Norte
Grupos defensores dos direitos humanos fizeram um apelo nesta segunda-feira (19) para que a Coreia do Norte mude sua direção política depois da morte do líder Kim Jong-il, a quem acusaram de ter liderado um “inferno na Terra”, ao assassinar “milhares, ou até milhões de pessoas”.
As ONGs Human Rights Watch e Anistia Internacional expressaram cautela com relação aos projetos reformistas do filho mais novo do ditador, Kim Jong-un, designado para assumir o poder. Para as organizações, a Coreia do Norte tem um dos piores históricos em matéria de direitos humanos.
“Sob o comando de Kim Jong-il, a Coreia do Norte foi um inferno dos direitos humanos na Terra”, disse Kenneth Roth, diretor-executivo da Human Rights Watch, ao afirmar que o ditador foi responsável por milhares ou até mesmo milhões de mortes por meio de prisões, campos de trabalho, execuções públicas ou inanição.
“Kim Jong-il será lembrado como o brutal supervisor da sistemática e massiva opressão que inclui a vontade de deixar seu povo morrer de fome”, disse Roth, em comunicado.
“Quando assumir o mandato, Kim Jong-un deveria romper com o passado e colocar os direitos humanos em primeiro lugar, não em último lugar na Coreia do Norte”, acrescentou.
Sam Zafiri, diretor para Ásia e Pacífico da Anistia Internacional, afirmou que para garantir que a Coreia do Norte se torne uma nação forte e próspera, “o novo líder deve incluir na agenda os direitos humanos e interromper a repressão que caracterizou a era Kim Jong-il”.
Também nesta segunda, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução condenando as violações aos direitos humanos no país. A resolução foi aprovada poucas horas depois do anúncio da morte do ditador, que ficou 17 anos no poder. A condenação foi aprovada por 123 votos a favor, 16 contra e 51 abstenções. A China, aliada da Coreia do Norte, foi um dos países contrários à resolução.
*Com informações de agências internacionais
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