Obama consegue apoio de mais jornais americanos do que Romney
Do UOL, em São Paulo
06/11/2012 14h08
O atual presidente norte-americano e candidato democrata à reeleição, Barack Obama, conseguiu apoio de mais jornais norte-americanos do que seu oponente, o republicano Mitt Romney. Nos Estados Unidos, tradicionalmente a imprensa costuma, por meio de um editorial, se posicionar a favor de um dos candidatos à Presidência do país.
Dos 100 maiores jornais norte-americanos, 41 apoiam Obama contra 35 que endossam a candidatura de Romney, de acordo com estudo feito pela Universidade da Califórnia em Santa Bárbara.
Apesar da vantagem, há quatro anos, Obama conseguiu o apoio de 65 jornais contra 25 do então candidato John McCain.
Levando em conta a circulação combinada de jornais, os que apoiam Obama têm a tiragem diária somada de 10,015 milhões de exemplares. Já os que estão do lado de Romney têm a tiragem diária de 6,476 milhões de exemplares.
Os dois jornais com maior tiragem nos Estados Unidos, o Wall Street Journal e o USA Today, tradicionalmente não apoiam ninguém. No entanto, o terceiro e o quarto em circulação, o The New York Times e o Los Angeles Times respectivamente, endossam a candidatura de Obama neste ano.
Grandes jornais como o New York Daily News (5º em tiragem), o New York Post (7º em tiragem) e o The Dallas Morning News (11º em tiragem) apoiam Romney.
Doze jornais que apoiaram Obama em 2008, desta vez estão do lado do candidato republicano, entre eles o New York Daily News, o Newsday e o Houston Chronicle.
Em editorial, o New York Daily News lamentou os salários estagnados, a alta dos preços e a lentidão na recuperação da economia nos Estados Unidos.
Já o jornal The Oregonian, que há quatro anos apoiou Obama, se declarou neutro nesta eleição.
O apoio dos jornais pode mostrar como está o humor do eleitorado, mas não tem o poder de mudar o resultado do pleito. Em 2004, por exemplo, 54 jornais apoiaram o democrata John Kerry contra apenas 35 que endossaram a candidatura vencedora do republicano George W. Bush, que foi reeleito para seu segundo mandato.
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Fonte: "The New York Times"