Revista "Time" elege Barack Obama o homem do ano

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, foi eleito o homem do ano pela revista norte-americana "Time". O anúncio foi feito nesta quarta-feira (19).

A revista destaca que "27 anos depois de sair de Nova York rumo a Chicago em um Honda Civic de US$ 2.000 em busca de um emprego que não pagaria tão bem, Barack Obama, em melhor forma, mas com cabelos brancos", conseguiu ser reeleito presidente dos Estados Unidos.

Essa é a segunda vez que Obama é eleito o homem do ano pela revista. A primeira foi em 2008, quando foi eleito presidente pela primeira vez..

A lista de personalidades de 2012 escolhidas pela revista traz, em segundo lugar, a ativista paquistanesa Malala Yousafzai, 17, que foi baleada pelo Taleban por causa de um blog em que ela defendia o acesso de meninas à escola, e se recupera em um hospital em Londres.

Em terceiro lugar aparece Tim Cook, vice-diretor executivo da Apple, em quarto, Mohamed Morsi, presidente do Egito, e em quinto lugar, a cientista italiana Fabiola Gianotti, do grupo Cientistas da Organização Europeia (Cern).

Gianotti é a líder do experimento Atlas, que detectou no Cern os sinais claros de uma nova partícula que poderia ser o bóson de Higgs, conhecida como partícula de Deus.

Já Mursi, que enfrenta protestos contra algumas decisões em seu governo, foi escolhido pelo seu papel no mundo árabe e influência no conflito Israel-Palestina, segundo a "Time".

"Só ele tem o poder para manter o Hamas em linha com o acordo de cessar-fogo. Por ter intermediado o acordo, ele agora tem a responsabilidade de garantir que os palestinos se abstenham de lançar foguetes contra Israel", escreve a publicação, que ainda destaca a importância do referendo sobre a nova Constituição, cuja primeira rodada de votação aconteceu no último sábado (15). Para a "Time", o resultado mostrará os próximos desafios de Mursi à frente do Egito.

No voto popular, encerrado na semana passada, Kim Jong Un, líder da Coreia do Norte, foi eleito como a personalidade do ano, com 5,6 milhões de votos. Segundo o jornal "Huffington Post", a "Time" atribuiu a vitória de Kim a campanhas de sites como o "4Chan" pedindo votos para o norte-coreano.