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Troca de 5 talebans por soldado dos EUA atrapalhou soltura de mais prisioneiros

Em imagem divulgada pelo Taleban, helicóptero espera o sargento norte-americano Bowe Bergdahl (3º da direita para a esquerda, em roupas brancas), enquanto é conduzido por talebans em sua libertação, realizada no oeste do Afeganistão - Al- Emara/Reuters
Em imagem divulgada pelo Taleban, helicóptero espera o sargento norte-americano Bowe Bergdahl (3º da direita para a esquerda, em roupas brancas), enquanto é conduzido por talebans em sua libertação, realizada no oeste do Afeganistão Imagem: Al- Emara/Reuters

Do UOL, em São Paulo

05/06/2014 19h08

O acordo para libertar o sargento Bowe Bergdahl em troca de cinco prisioneiros do Taleban feito sem consulta ao Congresso norte-americano teria atrapalhado a soltura de mais sequestrados, planejada pelo Departamento de Defesa, segundo o “USA Today”.

O Departamento de Defesa pretendia incluir a norte-americana Caitlan Coleman, seu bebê nascido em cativeiro e o marido dela, o canadense Joshua Boyle, no mesmo acordo para libertação de Bergdahl, de acordo com Joe Kasper. Ele é funcionário do congressista republicano Duncan Hunter, integrante do Comitê de Serviços Armados do Congresso. O casal foi sequestrado no Afeganistão em 2012.

Hunter criticou o governo dos Estados Unidos pela troca considerada “desigual”. “Agora uma situação foi criada, na qual a troca de prisioneiros –especificamente a troca desproporcional– é vista pelo Taleban e outras forças semelhantes como possível.”

Taleban mostra em vídeo momento da libertação de soldado

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que não se desculpará por ter trocado os cinco talebans presos em Guantánamo pelo sargento americano Bowe Bergdahl, apesar das crescentes críticas no Congresso de seu país em relação ao acordo.

"Não me desculparei em absoluto por me assegurar de que trazíamos um jovem de volta para seus pais e (sei) que o povo americano entende que esse é o filho de alguém e que não se deve condicionar se tentamos resgatá-lo ou não", disse Obama em seu pronunciamento ao final da cúpula do G7 (Grupo dos Sete), que acontece hoje e amanhã em Bruxelas.

O governo de Obama explicou que atuou sem consultar ao Congresso diante dos "relatórios críveis do risco de dano grave" para o sargento, em cativeiro no Afeganistão desde junho de 2009. (Com agências)