Último prisioneiro dos EUA no Afeganistão ficou dois anos na solitária
![Imagem sem data disponibilizada pelo Exército dos Estados Unidos mostra o sargento Bowe Bergdahl - U.S Army/AP](https://conteudo.imguol.com.br/c/noticias/2014/05/31/31mai2014---imagem-sem-data-disponibilizada-pelo-exercito-dos-estados-unidos-mostra-o-sargento-bowe-bergdahl-o-oficial-norte-americano-foi-liberado-neste-sabado-31-apos-ficar-cinco-anos-como-1401561328394_300x420.jpg)
O sargento Bowe Bergdahl, 28, ficou preso em uma solitária por dois anos dos cinco que passou sob custódia do Taleban, segundo informações de militares dos Estados Unidos nesta sexta-feira (13). Ele permanecerá internado para tratamento médico e psicológico, em um processo de reintegração, antes de se reunir com a família.
Durante todo o período na solitária, Bergdahl ficou sem ver o rosto dos militantes do Taleban que o vigiavam. Eles falavam com o militar pela parede da cela, que media cerca de 1,8 m x 1,8 m.
Bergdahl era o último prisioneiro de guerra americano no Afeganistão e retornou nesta sexta-feira (13) aos Estados Unidos, depois de passar duas semanas em uma base militar na Alemanha. Ele está internado no Brooke Army Medical Center, em San Antonio, no Texas.
“Não há previsão para a sua reintegração. Mas Bergdahl está em condição de saúde estável”, disse o major-general Joseph P. DiSalvo.
Durante sua estadia em San Antonio, Bergdahl não fará nenhuma aparição pública e prosseguirá com recuperação, segundo autoridades dos EUA.
Troca por cinco membros do Taleban
Bergdahl foi entregue às forças americanas no dia 31 de maio em uma região fronteiriça entre Afeganistão e Paquistão.
A libertação do militar em uma troca por cinco líderes talibãs presos em Guantánamo, que permanecerão no Qatar, provocou uma grande polêmica nos EUA, já que setores da oposição republicana acusaram o governo do presidente Barack Obama de ter negociado com terroristas sem notificar o Congresso sobre a operação.
O sargento norte-americano foi levado para a base militar americana de Landstuhl, na Alemanha, onde iniciou seu processo de recuperação após o longo período em cativeiro.
As condições de sua libertação e as críticas sobre sua possível deserção resultaram no cancelamento de uma cerimônia de boas-vindas em sua cidade natal, Haley, no Estado de Idaho. (Com agências internacionais)
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