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Após decapitação de jornalista, Obama diz que EI é um "câncer" que deve ser combatido

Do UOL, em São Paulo

20/08/2014 14h04Atualizada em 20/08/2014 15h59

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, fez um pronunciamento nesta quarta-feira (20) após ser confirmada pela Casa Branca a autenticidade de um vídeo que mostra um norte-americano sendo decapitado por um integrante do EI (Estado Islâmico), grupo radical sunita que vem agindo com violência no Iraque e na Síria para impor a formação de um califado islâmico.

"Tem de haver um esforço comum para acabar com esse câncer, antes que ele se espalhe", disse Obama.

O presidente disse que os EUA continuarão a fazer o que for necessário para proteger seus cidadãos e os valores do país.

O jornalista James Foley, 40, sequestrado na Síria em novembro de 2012 quando trabalhava para o site GlobalPost, aparece nas imagens divulgadas nesta terça-feira ajoelhado ao lado de um homem vestido todo de preto e com o rosto coberto. O jornalista lê uma mensagem, possivelmente a mando de seus sequestradores, em que diz que “seu verdadeiro assassino é a América”.

“Eu gostaria de ter mais tempo. Eu gostaria de ter podido ter esperança de ver minha família novamente”, diz Foley, antes de ser decapitado.

Cidades sob controle do Estado Islâmico ou sob ameaça de ataques na Síria e Iraque Imagem: Arte UOL

O EI teria agido contra o norte-americano em reação à presença militar dos EUA no Iraque em apoio ao governo do país contra os ataques dos radicais.

Obama declarou hoje que os EUA estão “estarrecidos com esse assassinato brutal” e que telefonou para os parentes do jornalista para oferecer suas condolências. “Esse é um ato de violência que choca o mundo todo. (...) Um grupo como EI não tem lugar no século 21”, afirmou.

Outro jornalista dos EUA, possivelmente Steven Sotloff, é apresentado no mesmo vídeo pelo homem em roupas pretas, que fala inglês aparentemente com um sotaque britânico. Ele diz que a vida do norte-americano está na balança e depende do que Obama fará a seguir. Sotloff foi sequestrado em 2013 na fronteira entre Síria e Turquia quando trabalhava para as revistas “Time” e “Foreign Policy”.

De acordo com informações da rede CNN, o serviço de inteligência dos EUA analisou as imagens e concluiu que elas são autênticas, conforme anunciado hoje pela porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Caitlin Hayden. 

Para Obama, "a ideologia do EI está falida " e o grupo "não tem valores para seres humanos". "Pessoas assim acabam falhando, o futuro é de quem constrói, e não de quem destrói", disse o presidente.

Premiê britânico se diz "chocado"

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que está chocado com o provável envolvimento de um cidadão britânico no vídeo que mostra um jornalista norte-americano sendo decapitado por militantes islâmicos, e acrescentou que o homem ainda não foi identificado.

"Nós não identificamos a pessoa responsável no vídeo, mas pelo que vimos, parece cada vez mais provável que seja um cidadão britânico. Isso é profundamente chocante", afirmou Cameron a emissoras nesta quarta-feira.

O premiê, no entanto, descartou o envio de soldados para reforçar o envolvimento militar da Grã-Bretanha no Iraque, que até agora tem se focado no fornecimento de suprimentos para as forças curdas que lutam contra os militantes do Estado Islâmico e no uso de jatos para vigilância. "Nós não vamos colocar tropas de combate no terreno, isso não é algo que devemos fazer."

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