Grupos de extrema-direita e antifascista protestam em Barcelona; polícia evita confronto
Do UOL, em São Paulo
18/08/2017 15h59
Dezenas de antifascistas marcharam nas ruas da região central de Barcelona ao encontro de um grupo de extrema-direita nesta sexta-feira (18), um dia depois dos atentados terroristas que deixaram 14 mortos e feridos na Catalunha. Policiais acompanharam as manifestações para evitar o confronto entre os grupos rivais.
Segundo o jornal La Vanguardia, os radicais de direita iniciaram um protesto nas Ramblas, um calçadão de pedestres e importante ponto turístico da cidade, onde uma van atropelou mais de cem pessoas nessa quinta. Os manifestantes gritavam: "Espanha é cristã e não muçulmana".
Membros da chamada Antifa -- contração da palavra antifascista -- foram também às Ramblas para confrontar o protesto da extrema-direita. Integrantes da ideologia defendem o enfrentamento físico com os supremacistas brancos. Não houve registros de brigas no local, de acordo com os jornais locais.
Para evitar o confronto no local da tragédia, a polícia fez um cordão de isolamento entorno dos ultradireitistas e acompanhou todo o trajeto do protesto.
Atentado em Barcelona
No atentado da tarde de quinta-feira (17), uma van de cor branca atravessou em zigue-zague e a toda velocidade por cerca de 500 metros nas Ramblas, onde, especialmente nessa época do ano, turistas espanhóis e estrangeiros costumam passear. Percorreu centenas de metros atropelando pessoas e gerando cenas de pânico.
Entre os mortos e feridos, há pessoas de 35 nacionalidades: Espanha, França, Alemanha, Holanda, Argentina, Venezuela, Bélgica, Peru, Romênia, Irlanda, Cuba, Grécia, Macedônia, Reino Unido, Áustria, Paquistão, Taiwan, Canadá, Equador, Estados Unidos, Filipinas, Kwaiti, Turquia e China.