UE impõe embargo de armas contra Venezuela e estabelece bases para sanções
Embaixadores da União Europeia concordaram nesta quarta-feira (8) em impor um embargo de armas contra a Venezuela e em estabelecer a base legal para novas sanções em resposta à crise política no país, disseram diplomatas do bloco europeu.
Espera-se que os ministros das Relações Exteriores da UE formalizem na segunda-feira as medidas em uma reunião ordinária, disseram os diplomatas.
Concretamente, as sanções propostas consistem em um embargo de armas e em um veto às exportações de equipamentos que possam ser utilizados "para a repressão interna" ou para "vigiar" as comunicações eletrônicas.
Além disso, incluem a "base legal" para que a UE defina uma lista de pessoas que considere responsáveis pela situação no país, as quais serão proibidas de viajar para território comunitário e congelará os bens que possam ter na União, "se a evolução da situação o requerer".
O acordo foi rubricado hoje pelo Comitê de Representantes Permanentes (Coreper) da UE, no qual estão representados todos os Estados-membros através de seus embaixadores.
Este corpo remeterá os documentos legais para esta decisão aos ministros, que se espera que os adotem na segunda-feira em sua reunião, como um ponto sem debate na sua agenda.
Estas sanções serão gradativas, seletivas, flexíveis e reversíveis, ressaltaram as fontes, que insistiram que não estão concebidas para afetar a população venezuelana em geral.
Seu objetivo é, segundo disseram, impulsionar um processo crível e significativo que possa dirigir a uma solução pacífica negociada no país.
Além disso, as fontes anteciparam que os ministros comunitários esperam também adotar novas conclusões sobre a Venezuela na segunda-feira.
Nelas, está previsto que o Conselho reafirme que um diálogo construtivo e a negociação são a única via sustentável para fazer frente à atual crise e responder às necessidades prementes do povo venezuelano.
Em outubro, os países da UE já tinham chegado a um acordo político para preparar sanções seletivas contra personalidades venezuelanas consideradas responsáveis pela "repressão" nesse país. (Efe e Reuters)