Tomada por violência, Venezuela dá bônus de R$ 11 a policiais por "comprometimento"
Nicolás Maduro, presidente de um dos países mais violentos do mundo, prometeu a cada integrante da força policial um bônus de 10 milhões de bolívares, o equivalente hoje a US$ 3 no câmbio negro (cerca de R$ 11,50).
A parcela de venezuelanos que dizem se sentir seguros quando caminham sozinhos à noite, de 17%, é inferior à apurada em locais como Afeganistão e Sudão do Sul, de acordo com o último Law and Order Index, do Instituto Gallup. O estudo apontou que apenas um em quatro habitantes da Venezuela confia na polícia.
Maduro anunciou o bônus na segunda-feira, durante cerimônia de formatura da academia de polícia, quando afirmou que o país precisava de "policiais de grande moral e comprometimento".
Mais de 5.000 manifestações populares foram registradas no primeiro semestre. Os protestos surgem pela falência dos serviços públicos e pela falta de alimentos e remédios devido ao colapso da economia. A hiperinflação de 60.000 por cento deixou a moeda local praticamente sem valor. O salário mínimo de 5 milhões de bolívares compra somente um sanduíche no McDonald's ou uma garrafa de dois litros de refrigerante.
Maduro incentiva novos policiais enquanto enfrenta deserções de militares. Centenas de milhares de venezuelanos tentam fugir do país, lotando cidades e formando acampamentos improvisados na região, no que já é a maior emigração em massa na história moderna da América Latina.
A discórdia nas forças de segurança se evidenciou há um ano, quando o policial Oscar Pérez pilotou um helicóptero e lançou granadas em prédios ministeriais. Pérez morreu em um contra-ataque.
(Com a colaboração de Fabiola Zerpa)
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