Presidente do Parlamento, opositor Juan Guaidó é preso na Venezuela
O serviço de Inteligência da Venezuela (Sebin) prendeu o presidente do Parlamento controlado pela oposição, Juan Guaidó, neste domingo (13), quando ele se dirigia para uma reunião aberta do Legislativo - informaram sua esposa e outros parlamentares. O deputado foi solto cerca de uma hora depois.
"Denuncio: Sebin detém Juan Guaidó", tuitou a mulher de Guaidó, Fabiana Rosales. A informação foi confirmada por outros deputados que esperavam por ele para a reunião em Caraballeda, no estado de Vargas, a 40 quilômetros de Caracas.
Pouco depois, Rosales, em outro post, agradeceu o apoio "contra os abusos da ditadura" de Nicolás Maduro e confirmou que o parlamentar já foi liberado.
A crise política na Venezuela
Guaidó, 35, engenheiro e membro do Partido Vontade Popular, foi eleito como presidente da Assembleia Nacional venezuelana no começo do mês. O partido foi fundado pelo político opositor Leopoldo López, que também está preso.
As decisões do Parlamento venezuelano não são reconhecidas pelo Supremo Tribunal, alinhado ao governo chavista. Maduro considerou que o órgão desacatou a Justiça e passou a declarar nulos os seus atos, sem prestar contas aos deputados desde 2016.
Em discurso na última sexta (11) , Guaidó convocou a população para um grande protesto no dia 23. "A Constituição me dá legitimidade para exercer o cargo de presidente da república para convocar eleições, mas preciso do apoio dos cidadãos para torná-las uma realidade," afirmou.
Maduro foi eleito em maio uma eleição boicotada pela oposição. A Venezuela está mergulhada em uma grave crise política e socioeconômica que fez com que mais de 2,3 milhões de pessoas fugissem do país desde 2015, segundo a ONU.
Grupo de Lima condena prisão
O texto também rechaça "a qualquer ação que afete a integridade física dos membros da Assembleia Nacional da Venezuela, suas famílias e colaboradores, e a qualquer pressão ou coerção que impeçam o exercício pleno e normal de suas competências como órgão constitucional e legitimamente eleito na Venezuela."
A nota fora assinada pelos governos de Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
*Com agências
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